12:56 POEMAS | Gal Freire amor ao primeiro like mesmo quando em uma página aberta de um computador distante nós somos dois hologramas shippados pelo nosso hype nossos arrobas cruzados como dois gatos persas
16:01 POEMAS | Ismar Tirelli Neto Condição sine qua non para que sejam admitidas reticências é que sejam pérolas incrustradas no harness ou esmeraldas no elástico da sunga tigrada e que se deixem
12:19 POEMAS | Jessica Stori por baixo de toda camada do mundo por baixo de toda camada do mundo depois da pressão de estar solta entre os planetas os bilhões de anos o ar a poeira depois do céu vermelho seus voos folhas pássaros migrantes
15:38 POEMAS | Assionara Souza Leia poemas inéditos do livro Instruções para Morder a Palavra Pássaro, que sai em abril pela Telaranha Edições Curitiba, esta ilha carnívora Engole as pessoas Masca por anos a fio E regurgita o corpo Insone, atordoado e tonto
14:27 POEMA | Ana Luiza Rigueto lembro quando jorge foi embora sei que jorge não conhecia o amor não digo isso porque ele tenha declinado a meus convites para um chopp, um almoço, uma peça de teatro
12:13 POEMAS | Lua Lacerda arranha céu do meu amor migrante pari horizontes para derrubar fronteiras * meia-noite no céu do sertão todas as estrelas estão vivas agora
16:18 POEMAS | Clarissa Macedo A Casa Mais Alta do Teu Coração Do abrupto Molhar as plantas Comprar sabão Depenar as frutas Saudar os óculos Amarrar sapatos Limpar os poros Minha mãe é morta.
13:38 POEMA | Tarso de Melo Destino as ruas largas de uma cidade pequena as menores ruas de uma cidade imensa as ruas sem saída, escadas sem destino nada disso importa, nada disso, nada ninguém sabe bem o que significa
15:37 POEMAS | Samantha Abreu MAPAS E OUTROS POEMAS Mapas I Quando nos encontramos sob o clarão de um dia — na hora mais viva —, a luz que escapa pela fresta do corpo te cega, aí tateias meus meandros
13:17 POEMAS | Luiza Mussnich sinais o nervosismo mastiga as unhas o frio eriça os pelos do braço a vergonha tem bochechas vermelhas o tesão faz despencarem cataratas, ergue monumentos a fome devora o bom humor a tristeza mingua
14:45 POEMA | Amanda Vital processo a tristeza é um animal de asas quebradas viajante do tempo operário de passagens fazendo um rastro úmido no céu da boca desde o lábio superior ao fim da garganta não se sabe onde e quando feriu as asas
17:02 POEMAS | Michel Melamed Frangalhos Estamos cercados de tantas mortes que a morte já não é uma questão de tempo mas de espaço por isso o fim dos tempos (soterrado) * quando a noite chega o vazio chega os demônios chegam
13:05 Poemas | Sofia Mariutti alguma coisa cintila no chão da manhã é outono cintila triângulo sobre o cimento queimado, craquelado cintila como os triângulos que buscava minha avó na palma da minha mão