Vencedora do Prêmio Paraná, Lila Maia fala sobre As maçãs de antes 10/07/2013 - 11:20
Um livro de poesia sobre a paixão e o amor. É assim que a escritora Lila Maia define As maçãs de antes, obra vencedora do Prêmio Paraná de Literatura 2012. Maranhense radicada no Rio de Janeiro, Lila participou de diversas oficinas literárias enquanto desenvolvia seu próprio estilo e produzia os primeiros escritos. Na entrevista a seguir, a autora — praticamente desconhecida antes do concurso paranaense — fala sobre seu percurso literário antes e depois da premiação.
Qual é a história por trás de As maçãs de antes? Em que circunstâncias o livro foi produzido?
São poemas feitos há três anos, mas que eu fui trabalhando ao longo do tempo. Quando tomei conhecimento do Prêmio Paraná de Literatura, comecei a fazer uma seleção para que tivesse uma certa unidade. Minha preocupação era selecionar os melhores poemas, os temas que iria abordar. Lia e relia sempre em voz alta, precisava sentir o ritmo, se havia força no verso, nas estrofes, a forma como os coloquei no papel. Cheguei mesmo a espalhar pelo chão do meu quarto as folhas, para achar a melhor ordem. Que poema viria primeiro? Quais viriam depois? Teria subtítulos (já que o título havia dado desde o começo)? Foi um trabalho árduo, solitário, mas gratificante.
Qual é a história por trás de As maçãs de antes? Em que circunstâncias o livro foi produzido?
São poemas feitos há três anos, mas que eu fui trabalhando ao longo do tempo. Quando tomei conhecimento do Prêmio Paraná de Literatura, comecei a fazer uma seleção para que tivesse uma certa unidade. Minha preocupação era selecionar os melhores poemas, os temas que iria abordar. Lia e relia sempre em voz alta, precisava sentir o ritmo, se havia força no verso, nas estrofes, a forma como os coloquei no papel. Cheguei mesmo a espalhar pelo chão do meu quarto as folhas, para achar a melhor ordem. Que poema viria primeiro? Quais viriam depois? Teria subtítulos (já que o título havia dado desde o começo)? Foi um trabalho árduo, solitário, mas gratificante.
Participei de oficinas de poesia com Rita Moutinho, Suzana Vargas, Ferreira Gullar e Afonso Henriques Neto. Essas oficinas tinham duração longa. Com a Suzana, fiquei mais de três anos. Com o Gullar, tive o privilégio de fazer por mais de um ano na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). Dessa oficina, nasceu a antologia Próximas palavras, coordenada pelo poeta e publicada pela editora da universidade. Fiz cursos com duração menor para entender, aprender mais sobre o fazer poético, conhecer mais poetas. Aulas de puro aprendizado com Affonso Romano de Sant’Anna, Ivan Junqueira, Eunice Arruda, Eucanaã Ferraz, Marco Lucchesi, Antonio Cícero, Antonio Carlos Secchin, etc. Também fiz cursos de conto, crônica, literatura infantojuvenil e outros. Atualmente, participo de dois grupos que se reúnem quinzenalmente.
Onde seus trabalhos foram publicados? Você venceu algum concurso antes?
Participei das antologias Amar verbo atemporal (Editora Rocco, 2012), Quando tudo acontece de repente (Editora Larousse, 2008) e Sete vozes (Editora da Palavra, 2004). Tenho três poemas publicados na revista Poesia sempre, da Biblioteca Nacional. Ganhei alguns concursos de poesia como o II Festival de Poesia do Sesc-Rio, o Concurso de Poesia da Petrobras, o II Concurso de Poesia do Jornal Panorama da Palavra (Prêmio Marco Lucches), o Concurso do Jornal Poesia Viva (Pêmio Ivan Junqueira) e o II Festival de Música e Poesia de Belo Horizonte.
Como está a repercussão de As maçãs de antes? Há plano para uma segunda edição?
A repercussão vem sendo muito boa. Recebi críticas positivas do Affonso Romano de Sant’Anna, do Marcelino Freire, da Suzana Vargas. Estou indo à luta para fazer a segunda edição. Os outros dois ganhadores já conseguiram grandes editoras para a publicação. Mas a poesia é sempre mais difícil. E dá certa tristeza por ser assim. É preciso que os donos de editoras saibam que muitas pessoas gostam de poesia.
Além da quantia em dinheiro e da publicação dos mil primeiros exemplares, o que o Prêmio Paraná de Literatura trouxe para a sua carreira literária?
Um reconhecimento melhor do meu trabalho. Daí a importância do prêmio para abrir portas, principalmente para o autor desconhecido.
Como foi ser premiada ao lado de um nome já consagrado do cenário literário, como José Roberto Torero? O que isso representa?
Fiquei muito feliz, é um escritor premiado. Adorei o livro dele, Papis et circensis. São contos com uma ironia requintada, uma leitura extremamente prazerosa. Também estou gostando muito vencedor na categoria romance, Sergio Y vai à América, do Alexandre Vidal Porto.
Você teria alguma dica ou conselho para dar aos autores que vão concorrer ao Prêmio em 2013?
Sim. Trabalhar e trabalhar os poemas. Ler em voz alta também ajuda. Você percebe quando um verso não ficou bom. E ler poesia. Antes de ser poeta, sou leitora.
Confira aqui como se inscrever para o Prêmio Paraná de Literatura 2013