Uma voz experimental 08/08/2013 - 10:50
Poeta, tradutora, romancista e contista, Luci Collin falou sobre sua trajetória literária e sua relação com a leitura no quarto encontro do projeto "Um Escritor na Biblioteca"
Considerada uma autora de linguagem, Luci Collin contrariou a lógica de que poesia e conto, dois dos gêneros que pratica há décadas, têm poucos leitores. A escritora curitibana falou sobre a sua carreira para um grande público na noite desta quarta-feira (7), na quarta edição do projeto “Um Escritor na Biblioteca” em 2013, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná.
Com 13 livros publicados, nos gênero romance, conto e poesia, Luci fez uma retrospectiva de sua trajetória literária, iniciada em 1984 com o livro de poemas Estarrecer. Lembrou de seu início de carreira, que teve a ajuda de Helena Kolody, poeta parananense conhecida pela generosidade com que tratava escritores mais jovens. “Dona Helena era uma pessoa muito boa e, quando a procurei, ela fez a ponte para que eu conhecesse o professor Erasmo Pilotto, que tinha uma biblioteca incrível, a qual pude conhecer”, disse a escritora à jornalista e tradutora Mariana Sanchez, que mediou o papo.
Com uma literatura pautada pela experimentação, Luci é considerada uma das mais ousadas e inventivas escritoras da atual literatura contemporânea brasileira. Sobre o seu método de criação, disse que “gosta de brincar com as estruturas que já estão cristalizadas”. “Sempre me pareceram chatos aqueles textos que tentam revelar verdades. Com minha literatura, quero que o leitor questione o texto e faça perguntas a respeito do que está lendo.”
Publicada em antologias, estrangeiras e nacionais, como 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, organizada pelo escritor Luiz Ruffato, Luci, no entanto, fez ressalvas sobre as tentativas de estigmatizar a escrita produzida por mulheres. “Não sei falar sobre literatura feminina porque não sei o que é isso.”
A poeta também falou sobre sua relação com bibliotecas, em especial com a Biblioteca Pública do Paraná. “Frequentei muito este lugar e por isso estou muito feliz de estar aqui. Lembro que tinha tanta reverência aos livros da Biblioteca, que não conseguia nem emprestá-los, então sempre fazia minhas leituras aqui”, disse a autora, entre outros, dos livros Inescritos (2004), Vozesnumdivertimento (2008), Acasos pensados (2008) e Com que se pode jogar (2011) — os melhores momentos do bate-papo serão publicados na edição de setembro do jornal Cândido.
O projeto
Retomado há dois anos, o projeto “Um Escritor na Biblioteca” já recebeu mais de 25 autores. Ainda este ano, estarão na BPP os escritores Marcelo Backes (setembro), Paulo Scott (outubro) e Michel Laub (novembro). As conversas também são transcritas, editadas e publicadas no Cândido, jornal de literatura da BPP.
Considerada uma autora de linguagem, Luci Collin contrariou a lógica de que poesia e conto, dois dos gêneros que pratica há décadas, têm poucos leitores. A escritora curitibana falou sobre a sua carreira para um grande público na noite desta quarta-feira (7), na quarta edição do projeto “Um Escritor na Biblioteca” em 2013, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná.
Com 13 livros publicados, nos gênero romance, conto e poesia, Luci fez uma retrospectiva de sua trajetória literária, iniciada em 1984 com o livro de poemas Estarrecer. Lembrou de seu início de carreira, que teve a ajuda de Helena Kolody, poeta parananense conhecida pela generosidade com que tratava escritores mais jovens. “Dona Helena era uma pessoa muito boa e, quando a procurei, ela fez a ponte para que eu conhecesse o professor Erasmo Pilotto, que tinha uma biblioteca incrível, a qual pude conhecer”, disse a escritora à jornalista e tradutora Mariana Sanchez, que mediou o papo.
Com uma literatura pautada pela experimentação, Luci é considerada uma das mais ousadas e inventivas escritoras da atual literatura contemporânea brasileira. Sobre o seu método de criação, disse que “gosta de brincar com as estruturas que já estão cristalizadas”. “Sempre me pareceram chatos aqueles textos que tentam revelar verdades. Com minha literatura, quero que o leitor questione o texto e faça perguntas a respeito do que está lendo.”
Publicada em antologias, estrangeiras e nacionais, como 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, organizada pelo escritor Luiz Ruffato, Luci, no entanto, fez ressalvas sobre as tentativas de estigmatizar a escrita produzida por mulheres. “Não sei falar sobre literatura feminina porque não sei o que é isso.”
A poeta também falou sobre sua relação com bibliotecas, em especial com a Biblioteca Pública do Paraná. “Frequentei muito este lugar e por isso estou muito feliz de estar aqui. Lembro que tinha tanta reverência aos livros da Biblioteca, que não conseguia nem emprestá-los, então sempre fazia minhas leituras aqui”, disse a autora, entre outros, dos livros Inescritos (2004), Vozesnumdivertimento (2008), Acasos pensados (2008) e Com que se pode jogar (2011) — os melhores momentos do bate-papo serão publicados na edição de setembro do jornal Cândido.
O projeto
Retomado há dois anos, o projeto “Um Escritor na Biblioteca” já recebeu mais de 25 autores. Ainda este ano, estarão na BPP os escritores Marcelo Backes (setembro), Paulo Scott (outubro) e Michel Laub (novembro). As conversas também são transcritas, editadas e publicadas no Cândido, jornal de literatura da BPP.