Jornal Cândido completa 10 anos com novo formato, voltado para os meios digitais 31/08/2021 - 13:18

Único jornal literário editado por uma biblioteca pública no Brasil, o Cândido completa uma década de publicação mensal ininterrupta com a estreia de um novo formato. Concebido para a leitura e distribuição em meio digitais, o projeto gráfico é um reflexo deste período de enfrentamento à pandemia e da necessidade de uma circulação mais ágil das informações. Uma mudança que também tem impacto na linha editorial, cada vez mais voltada para a discussão de assuntos urgentes, que conectam o universo da literatura e das artes em geral com os grandes debates contemporâneos. Faça o download gratuito do arquivo em PDF aqui ou leia a versão do site (candido.bpp.pr.gov).

“O Cândido é nosso filho pródigo, temos um orgulho imenso de suas conquistas e das suas rebeldias. É realmente um enorme prazer ter um projeto dessa qualidade na Biblioteca” diz Ilana Lerner, diretora da Biblioteca Pública do Paraná.

A reportagem especial deste número comemorativo, assinada pelo jornalista e escritor Marcio Renato dos Santos, resgata os principais acontecimentos da literatura brasileira nos últimos dez anos — e os relaciona com a trajetória do próprio Cândido. A busca por inclusão social, o protagonismo feminino e as turbulências no mercado editorial são algumas das tendências comentadas por autores, críticos e a acadêmicos.

“É sempre um prazer ler, reler e voltar a consultar o Cândido, na certeza de que as melhores cabeças estarão representadas no jornal da Biblioteca Pública do Paraná”, afirma a escritora gaúcha Cíntia Moscovich, uma das entrevistadas. “O Cândido é um jornal teimoso de danado, que resiste, em tempos quase impossíveis, guardando qualidade”, diz Lourival Holanda, autor, crítico literário e professor da Universidade Federal de Pernambuco.

Outros destaques da edição 121: entrevistas com Luci Collin e Joca Reiners Terron (concedidas a Jonatan Silva e Luiz Felipe Leprevost), ensaio de Camila von Holdefer sobre a obra do sul-africano J.M. Coetzee (com ilustração de Eric Sponholz), poemas de Michel Melamed, crônica de Cristiane Sobral, fotos de Kraw Penas e HQ de Aline Daka (inspirada em poema de Fernanda Bastos). A arte da capa é de Felipe Mayerle. O novo projeto gráfico leva a assinatura da designer Rita Solieri Brandt.