Helena #5: Ansiedade de verba, direitos, valor 27/05/2014 - 09:30
Especialista em política cultural, Teixeira Coelho inaugura a seção de opinião da Helena com uma reflexão sobre as obrigações do artista, do Estado e da sociedade
Por Teixeira Coelho | Ilustração Bruno Schier
“Se um poeta tem alguma obrigação para com a sociedade, é escrever bem. [...] Caso falhe nesse dever, cairá no esquecimento. De seu lado, a sociedade não tem obrigação alguma para com o poeta. [...] A sociedade pensa ter outras opções além de ler poesia, mesmo se bem escrita. Se não o fizer, poderá cair nesse nível de locução no qual se torna presa fácil de demagogos ou tiranos. Esse é o esquecimento a que a sociedade está condenada; claro, um tirano pode tentar salvar seus súditos desse esquecimento por meio de um espetacular banho de sangue”.
Essas palavras fortes e próprias foram escritas pelo poeta Joseph Brodsky, Prêmio Nobel de 1987. Um poeta está autorizado a falar sobre poetas e deveres de um poeta e sobre o que o poeta pode esperar da sociedade e sobre o que a sociedade deve ou não ao poeta. E Brodsky, grande poeta e ensaísta, não usa meias palavras. Um poeta só tem com a sociedade a obrigação de escrever bem. Um poeta, então, não está obrigado, além de escrever poesia, a “promover a integração social” ou algo do gênero. Se a sociedade apoia um poeta, é por reconhecer na poesia um valor; se é assim, não deve pedir nenhuma “contrapartida” do poeta além da boa poesia que ele faz. Ele já faz muito assim, já faz tudo.
Mas a questão não é só essa: segundo Brodsky, a sociedade não tem obrigações com o poeta. Nem a de ler poesia bem escrita. Nem apoiar a “produção” de poesia, mesmo se bem escrita. A sociedade corre riscos se não ler poesia. Sem poesia, a sociedade desce a esse nível de locução em que, esquecendo-se de si mesma, vira presa de demagogos e tiranos, abundantes por aí. Demagogos e tiranos manipulam, melhor que a sociedade, o discurso não-poético (a locução não-poética, para recusar o termo “discurso” tão ao gosto de demagogos e tiranos) e a sociedade sem poesia se esquece de seus voos altos e afunda no nada. Em seguida, o demagogo ou tirano retorna para dizer que a sociedade está perdida e que vai resgatá-la por meio de um grande banho de sangue movido pelas ideias sociais e não-poéticas de sempre: identidade, pátria, classe, religião.
Deixemos de lado esta segunda e mais grave parte do trecho de Brodsky. A primeira: a sociedade não tem obrigações com o poeta. É poeta quem quer, escreve poesias quem quiser. A sociedade deveria esperar que alguém escrevesse poesia — mas tem outras coisas a fazer. Um poeta ou escritor está acostumado a nada receber da sociedade. Não precisa de muito para escrever. Precisa de algo para publicar — e se for bom, o consegue. Se for ruim, também consegue. O problema surge para o autor de textos medianos, medíocres. Mas esse não merece ser publicado.
Como disse o fino escritor de romances policiais Dashiell Hemmett a sua mulher Lilian Hellman,
sofisticada dramaturga e ativista política, quando ela lhe pediu a opinião sobre a primeira peça que escrevia: “Não está mau, mas não é muita coisa, não está a sua altura”. Lilian ficou amargurada. Mas jogou fora e escreveu outra; ao ler a segunda, Hammett respondeu: “É a melhor coisa em teatro nos últimos tempos”. O mediano não tem por que ser publicado (nem o ruim). (“Ah, mas eu tenho o direito de me expressar!”) Sim. Mas ninguém tem o dever de apoiá-lo, menos ainda o Estado. “Oh, que horror! Que heresia!” De fato. Nestes tempos demagógicos, parece heresia. Mas, o igualitarismo não cabe em arte. (“Oh que horror de novo!”)
Voltando: um poeta e um escritor precisam de quase nada para criar e de pouco para publicar. Se a sociedade for atenta (esta não é), verá que é de seu interesse apoiá-los. Mas o fará não para ajudá-los e sim em seu próprio benefício. As sociedades são egoístas. Poetas e escritores não esperam nada da sociedade, nem do Estado. Não se veem escritores e poetas às portas de secretarias e ministérios exigindo apoio do Estado. Talvez sejam mais conformados do que cineastas e gente de teatro, talvez tenham uma visão ampliada do lugar da poesia e da literatura na sociedade, talvez cineastas e gente de teatro precisem de mais para se expressar. A sociedade tem o dever de apoiá-los? Se for atenta, deveria. Deveria o Estado fazê-lo ele próprio?
Aqui entra em cena um fator que hoje, no Brasil, a discussão sobre cultura rejeita: o valor. A qualidade. Não há arte sem ideia de valor. De qualidade. Se uma pessoa decide, com seus meios, apoiar alguma arte, o fará com seus valores, à sua custa e risco. Se chamado à cena for o Estado, a questão é outra. O Estado não tem valor próprio em cultura, não tem gosto próprio em cultura e não lhe cabe produzir cultura. O governo de plantão, escorado num partido político, muitas vezes crê ter o direito de definir valores e gostos. Não tem. Quem o tem é a sociedade, por meio das instituições que cria — por serem necessárias. Como a universidade. Ou as associações de críticos.
“Ah, mas as universidades e as associações estão cheias de pessoas incompetentes ou alienadas ou de cuja ideologia discordo”. É verdade: no fundo, tudo se resume às pessoas, sempre. As pessoas são a base da sociedade e do Estado, é para elas que existem sociedade e Estado, não o contrário como querem fazer crer demagogos e tiranos. “Ah, e se eu discordar dessas pessoas?”. Tome uma iniciativa. “Ah, mas eu também tenho o direito de me expressar.” Sim. Mas, mas nem a sociedade, nem o Estado têm o dever de apoiá-lo apenas porque você tem o direito de se expressar.
Os direitos culturais, esses incompreendidos, são assimétricos: declaram direitos aos quais não
correspondem deveres definidos. O Estado pode ter o dever de apoiar a expressão artística. Mas, para fazê-lo, como não tem os recursos para atender a sociedade em tudo que ela quer ou requer — nunca os terá —, necessita de critérios dos quais hoje procura fugir, e o primeiro é a qualidade. Em lugar dela, prefere instalar “critérios democráticos”, geralmente definidos de acordo com o partido no poder. Esses conduzem historicamente ao equívoco. E à farsa. Ou à tragédia.
Mas, e se não estivermos falando de arte e, sim, de cultura? “Ué, mas não é a mesma coisa?”. Não. Para ficar com a fórmula que Godard defendeu mais de uma vez, cultura é a regra e arte, a exceção. Então: e se em cena estiver a cultura, não a arte? Um carnaval, uma festa de rua, um show de “sertanejo universitário”? Observam-se hoje sinais de uma tendência perversa no Brasil, o país da firma reconhecida, da institucionalização de tudo, das leis para tudo, da crença de que leis resolvem tudo (e é por isso que as leis não se aplicam e é por isso que, quando se aplicam, causam estupor e indignação). A tendência perversa é: institucionalizar tudo, até o espontâneo.
Como se ninguém percebesse a profunda contradição entre esses dois termos: o institucional e o espontâneo. Políticos espertos querem institucionalizar mesmo o mob flashing, esses agrupamentos de pessoas instantâneos, espontâneos, sem preparação, com o objetivo de executar uma ação inusitada, dissolvendo-se depois. Querem institucionalizá-lo destinando verbas para apoiá-lo porque, afinal, todos têm o direito de se expressar, não? E se todos têm o direito de se expressar, devem ter o direito de receber verbas, não? Não. O Estado que fizer isso estará corroendo (recuperando, é o termo histórico) a essência mesma desse tipo de ação. Estados espertos fingem que não o percebem (por vezes não, mesmo) e mob flashers logo querem eles também receber verbas sem perceber o que fazem e por vezes percebendo-o muito bem.
Há hoje no Brasil, e não só aqui, o que se pode descrever como a ansiedade da verba, que encontra paralelo no desejo do pai: sem verba não há verbo, dizem. Há. Sem pai, sem um paizinho, não se faz nada. Faz-se. Cabe ler o Freud que ainda continua em pé: é preciso matar o pai para crescer. Atenção: matar simbolicamente. Significa superar o pai, deixá-lo para trás, inovar o pai. Mas o Estado não subsidia o Carnaval? Sim. Não por acreditar que as pessoas têm o direito de se expressar, mas, esperto, por ver no Carnaval uma fonte de recursos. Carnaval atrai turistas, movimenta a economia. E, assim, institucionaliza-se o Carnaval, contradição nos termos. Carnaval é liberdade, infração, dissolução. Era. Hoje, tem hora para entrar na avenida e dela sair, tem de cumprir quesitos. Não é carnaval: é espetáculo comercial. Instituição. O Estado deveria ser o primeiro a reconhecer o espontâneo e criar as condições para preservá-lo. Só que os espontaneadores, eles mesmos, dispensam a liberdade.
A questão retorna: o valor. O que vale e o que não vale ser apoiado pela sociedade e pelo Estado? Em si e por si, na invocação de um direito abstrato, nenhum evento pode esperar apoio da sociedade e do Estado — ou por poder sobreviver no mercado; ou por não apresentarum valor civilizacional; ou por ser de sua natureza fazer-se por si. Muitos podem não querer discutir valor. O Estado não pode evitá-lo.
Teixeira Coelho é escritor, crítico, doutor em teoria literária pela Universidade de São Paulo (USP) e curador do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Por Teixeira Coelho | Ilustração Bruno Schier
“Se um poeta tem alguma obrigação para com a sociedade, é escrever bem. [...] Caso falhe nesse dever, cairá no esquecimento. De seu lado, a sociedade não tem obrigação alguma para com o poeta. [...] A sociedade pensa ter outras opções além de ler poesia, mesmo se bem escrita. Se não o fizer, poderá cair nesse nível de locução no qual se torna presa fácil de demagogos ou tiranos. Esse é o esquecimento a que a sociedade está condenada; claro, um tirano pode tentar salvar seus súditos desse esquecimento por meio de um espetacular banho de sangue”.
Essas palavras fortes e próprias foram escritas pelo poeta Joseph Brodsky, Prêmio Nobel de 1987. Um poeta está autorizado a falar sobre poetas e deveres de um poeta e sobre o que o poeta pode esperar da sociedade e sobre o que a sociedade deve ou não ao poeta. E Brodsky, grande poeta e ensaísta, não usa meias palavras. Um poeta só tem com a sociedade a obrigação de escrever bem. Um poeta, então, não está obrigado, além de escrever poesia, a “promover a integração social” ou algo do gênero. Se a sociedade apoia um poeta, é por reconhecer na poesia um valor; se é assim, não deve pedir nenhuma “contrapartida” do poeta além da boa poesia que ele faz. Ele já faz muito assim, já faz tudo.
Mas a questão não é só essa: segundo Brodsky, a sociedade não tem obrigações com o poeta. Nem a de ler poesia bem escrita. Nem apoiar a “produção” de poesia, mesmo se bem escrita. A sociedade corre riscos se não ler poesia. Sem poesia, a sociedade desce a esse nível de locução em que, esquecendo-se de si mesma, vira presa de demagogos e tiranos, abundantes por aí. Demagogos e tiranos manipulam, melhor que a sociedade, o discurso não-poético (a locução não-poética, para recusar o termo “discurso” tão ao gosto de demagogos e tiranos) e a sociedade sem poesia se esquece de seus voos altos e afunda no nada. Em seguida, o demagogo ou tirano retorna para dizer que a sociedade está perdida e que vai resgatá-la por meio de um grande banho de sangue movido pelas ideias sociais e não-poéticas de sempre: identidade, pátria, classe, religião.
Deixemos de lado esta segunda e mais grave parte do trecho de Brodsky. A primeira: a sociedade não tem obrigações com o poeta. É poeta quem quer, escreve poesias quem quiser. A sociedade deveria esperar que alguém escrevesse poesia — mas tem outras coisas a fazer. Um poeta ou escritor está acostumado a nada receber da sociedade. Não precisa de muito para escrever. Precisa de algo para publicar — e se for bom, o consegue. Se for ruim, também consegue. O problema surge para o autor de textos medianos, medíocres. Mas esse não merece ser publicado.
Como disse o fino escritor de romances policiais Dashiell Hemmett a sua mulher Lilian Hellman,
sofisticada dramaturga e ativista política, quando ela lhe pediu a opinião sobre a primeira peça que escrevia: “Não está mau, mas não é muita coisa, não está a sua altura”. Lilian ficou amargurada. Mas jogou fora e escreveu outra; ao ler a segunda, Hammett respondeu: “É a melhor coisa em teatro nos últimos tempos”. O mediano não tem por que ser publicado (nem o ruim). (“Ah, mas eu tenho o direito de me expressar!”) Sim. Mas ninguém tem o dever de apoiá-lo, menos ainda o Estado. “Oh, que horror! Que heresia!” De fato. Nestes tempos demagógicos, parece heresia. Mas, o igualitarismo não cabe em arte. (“Oh que horror de novo!”)
Voltando: um poeta e um escritor precisam de quase nada para criar e de pouco para publicar. Se a sociedade for atenta (esta não é), verá que é de seu interesse apoiá-los. Mas o fará não para ajudá-los e sim em seu próprio benefício. As sociedades são egoístas. Poetas e escritores não esperam nada da sociedade, nem do Estado. Não se veem escritores e poetas às portas de secretarias e ministérios exigindo apoio do Estado. Talvez sejam mais conformados do que cineastas e gente de teatro, talvez tenham uma visão ampliada do lugar da poesia e da literatura na sociedade, talvez cineastas e gente de teatro precisem de mais para se expressar. A sociedade tem o dever de apoiá-los? Se for atenta, deveria. Deveria o Estado fazê-lo ele próprio?
Aqui entra em cena um fator que hoje, no Brasil, a discussão sobre cultura rejeita: o valor. A qualidade. Não há arte sem ideia de valor. De qualidade. Se uma pessoa decide, com seus meios, apoiar alguma arte, o fará com seus valores, à sua custa e risco. Se chamado à cena for o Estado, a questão é outra. O Estado não tem valor próprio em cultura, não tem gosto próprio em cultura e não lhe cabe produzir cultura. O governo de plantão, escorado num partido político, muitas vezes crê ter o direito de definir valores e gostos. Não tem. Quem o tem é a sociedade, por meio das instituições que cria — por serem necessárias. Como a universidade. Ou as associações de críticos.
“Ah, mas as universidades e as associações estão cheias de pessoas incompetentes ou alienadas ou de cuja ideologia discordo”. É verdade: no fundo, tudo se resume às pessoas, sempre. As pessoas são a base da sociedade e do Estado, é para elas que existem sociedade e Estado, não o contrário como querem fazer crer demagogos e tiranos. “Ah, e se eu discordar dessas pessoas?”. Tome uma iniciativa. “Ah, mas eu também tenho o direito de me expressar.” Sim. Mas, mas nem a sociedade, nem o Estado têm o dever de apoiá-lo apenas porque você tem o direito de se expressar.
Os direitos culturais, esses incompreendidos, são assimétricos: declaram direitos aos quais não
correspondem deveres definidos. O Estado pode ter o dever de apoiar a expressão artística. Mas, para fazê-lo, como não tem os recursos para atender a sociedade em tudo que ela quer ou requer — nunca os terá —, necessita de critérios dos quais hoje procura fugir, e o primeiro é a qualidade. Em lugar dela, prefere instalar “critérios democráticos”, geralmente definidos de acordo com o partido no poder. Esses conduzem historicamente ao equívoco. E à farsa. Ou à tragédia.
Mas, e se não estivermos falando de arte e, sim, de cultura? “Ué, mas não é a mesma coisa?”. Não. Para ficar com a fórmula que Godard defendeu mais de uma vez, cultura é a regra e arte, a exceção. Então: e se em cena estiver a cultura, não a arte? Um carnaval, uma festa de rua, um show de “sertanejo universitário”? Observam-se hoje sinais de uma tendência perversa no Brasil, o país da firma reconhecida, da institucionalização de tudo, das leis para tudo, da crença de que leis resolvem tudo (e é por isso que as leis não se aplicam e é por isso que, quando se aplicam, causam estupor e indignação). A tendência perversa é: institucionalizar tudo, até o espontâneo.
Como se ninguém percebesse a profunda contradição entre esses dois termos: o institucional e o espontâneo. Políticos espertos querem institucionalizar mesmo o mob flashing, esses agrupamentos de pessoas instantâneos, espontâneos, sem preparação, com o objetivo de executar uma ação inusitada, dissolvendo-se depois. Querem institucionalizá-lo destinando verbas para apoiá-lo porque, afinal, todos têm o direito de se expressar, não? E se todos têm o direito de se expressar, devem ter o direito de receber verbas, não? Não. O Estado que fizer isso estará corroendo (recuperando, é o termo histórico) a essência mesma desse tipo de ação. Estados espertos fingem que não o percebem (por vezes não, mesmo) e mob flashers logo querem eles também receber verbas sem perceber o que fazem e por vezes percebendo-o muito bem.
Há hoje no Brasil, e não só aqui, o que se pode descrever como a ansiedade da verba, que encontra paralelo no desejo do pai: sem verba não há verbo, dizem. Há. Sem pai, sem um paizinho, não se faz nada. Faz-se. Cabe ler o Freud que ainda continua em pé: é preciso matar o pai para crescer. Atenção: matar simbolicamente. Significa superar o pai, deixá-lo para trás, inovar o pai. Mas o Estado não subsidia o Carnaval? Sim. Não por acreditar que as pessoas têm o direito de se expressar, mas, esperto, por ver no Carnaval uma fonte de recursos. Carnaval atrai turistas, movimenta a economia. E, assim, institucionaliza-se o Carnaval, contradição nos termos. Carnaval é liberdade, infração, dissolução. Era. Hoje, tem hora para entrar na avenida e dela sair, tem de cumprir quesitos. Não é carnaval: é espetáculo comercial. Instituição. O Estado deveria ser o primeiro a reconhecer o espontâneo e criar as condições para preservá-lo. Só que os espontaneadores, eles mesmos, dispensam a liberdade.
A questão retorna: o valor. O que vale e o que não vale ser apoiado pela sociedade e pelo Estado? Em si e por si, na invocação de um direito abstrato, nenhum evento pode esperar apoio da sociedade e do Estado — ou por poder sobreviver no mercado; ou por não apresentarum valor civilizacional; ou por ser de sua natureza fazer-se por si. Muitos podem não querer discutir valor. O Estado não pode evitá-lo.
Teixeira Coelho é escritor, crítico, doutor em teoria literária pela Universidade de São Paulo (USP) e curador do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
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A Revista Helena é uma publicação da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Com tiragem de 5 mil exemplares, é distribuída gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná. Leia a edição completa aqui.