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Paulo Leminski

Paulo Leminski (1944-1989) pode ser considerado uma espécie de padrinho do jornal, já que seu bigode estampa a capa da primeira edição, lançada em agosto (mês de seu aniversário) de 2011. De lá para cá, não foram poucos os que citaram seu nome em reportagens, ensaios e entrevistas. Em 2018, o Cândido ainda publicou um trecho, então inédito, do livro Roteiro Literário — Paulo Leminski. Escrita por Rodrigo Garcia Lopes e publicada pelo selo Biblioteca Paraná naquele mesmo ano, a obra foi uma das vencedoras do Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2019 na categoria Ensaio Literário.

“Leminski foi um poeta que viveu profunda e ativamente as questões do seu breve tempo. Sua passagem de cometa ajudou a trazer respostas novas, que superaram alguns impasses e propuseram outros. É desses que empurram seu tempo para frente. Não teve tempo de envelhecer. Mas, depois da sua poesia, muitas discussões ficaram velhas.”

Ricardo Silvestrin no ensaio “Esse Leminski!” (edição 1, agosto de 2011)
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 Rafael Sica

“Em termos de diáspora polonesa pelo mundo, Curitiba só perde para Chicago (EUA). Com a autoridade de ter nascido na cidade, ser neto de imigrantes poloneses, misturado com sangue indígena e negro, Leminski batia pesado na cultura local. Achava-a moralista, careta, avara, fria, centrada no trabalho e no consumo. Muito antes de ficar famosa como ‘A República de Curitiba’ (em reação à base de operações da Lava Jato), dizia: ‘Curitiba é uma cidade de caretas. Jamais vou virar estátua aqui porque tenho uma bagana no bolso. A minha missão é outra!’.”

Rodrigo Garcia Lopes em trecho do livro Roteiro Literário — Paulo Leminski (edição 83, junho de 2018)

“Parece claro que um dos pontos fascinantes da poesia de Paulo Leminski, junto à consciência do leitor ávido de autenticidade, vem desta observância do cotidiano, da correspondência com a realidade e, por fim, da iniciativa salutar (do ponto de vista da poesia), de promover o reverso, ou seja, a insurreição da fantasia."

Toninho Vaz no ensaio “Paralelas que se Encontram” (edição 1, agosto de 2011)