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Jamil Snege
Conhecido por seu humor peculiar e postura independente no mercado editorial, Jamil Snege (1939-2003) foi citado dezenas de vezes nestes oito anos de Cândido. Em 2013, estampou a capa da edição 22, como assunto de um dossiê que resgatou seu percurso e apresentou sua obra para uma nova geração de leitores. O Turco, como era chamado, ainda foi tema de um livro da coleção Roteiro Literário e autor homenageado da segunda edição da Flibi, a Festa Literária da Biblioteca, em 2018.
“Uma das coisas que o dinheiro realmente pode comprar é a ilusão de que sem ele a vida é impossível — ou indigna, pelo menos. Nunca amealhei, e se há pessoas que admiro, essas têm mãos furadas. Amo os estroinas e os dissipadores. Encanta-me a generosidade, o dom de repartir.”
Arquivo da Família
“Dizer que Jamil Snege é um escritor marginal não explica grande coisa, porque no Brasil, fora o Paulo Coelho e mais uns dois ou três, todo escritor é marginal. Muitos ainda esperneiam, procuram editores prestigiosos, buscam divulgação ou, suprema humilhação, um reconhecimento oficial, tipo edições quase póstumas por secretarias de cultura e cadeira em academias, às vezes até municipais, que Alá nos proteja. Jamil Snege parece não ter dado bola pra isso tudo desde sempre.”
Rafael Sica