Comendo bolacha maria no dia de São Nunca 18/09/2017 - 02:00

DW Ribatski

Jamil Snege (1939-2003), Manoel Carlos Karam (1947-2007), Valêncio Xavier (1933-2008) e Wilson Bueno (1949-2010) formam o que muitos consideram o “quarteto experimental” da literatura paranaense. Ainda pouco conhecidos do grande público, seu livros borram as fronteiras entre os gêneros e aproximam a linguagem literária do cinema, da televisão, do teatro, do jornalismo e das histórias em quadrinhos. E é justamente no formato de HQ que a obra desses escritores acaba de voltar à tona, em um livro editado pelo Selo Biblioteca Paraná, da Secretaria de Estado da Cultura.

Com lançamento previsto para outubro, Experimentais traz quatro adaptações de obras dos paranaenses, assinadas pelos artistas Eloar Guazzelli (Como eu se fiz por si mesmo, de Jamil Snege), Theo Szczepanski (Mar paraguayo, de Wilson Bueno), Rafa Campos (Maciste no inferno, de Valêncio Xavier) e DW Ribastki (Comendo bolacha Maria no dia de São Nunca, de Manoel Carlos Karam). Desta última, separamos um trecho que ocupa as próximas páginas.

Autor das HQs Campo em branco (2013, com Emilio Fraia) e Como na quinta série (2012), Ribatski publica, mensalmente, quadrinhos inéditos no Blog da Companhia das Letras. Também é colaborador de veículos como Folha de S.Paulo e Piauí. Em Comendo bolacha Maria..., ele conta com a colaboração do colorista Diego Gerlach.

Catarinense que viveu em Curitiba durante 40 anos, Manoel Carlos Karam se envolveu com o jornalismo e o teatro antes de deixar sua marca como escritor. Dono de uma das obras mais complexas, alegres e provocativas da literatura brasileira dos anos 80, Karam publicou livros altamente ousados, com enredos não lineares e fragmentados, muitas vezes beirando o nonsense. Fontes murmurantes (1985), O impostor no baile de máscaras (1992) e Cebola (1997) estão entre seus principais títulos.

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