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Wilson Bueno

O paranaense Wilson Bueno (1949-2010) foi capa logo na edição de número 2, em setembro de 2011. Desde então, ganhou destaques em 2014 (em um especial dedicado ao extinto jornal Nicolau, do qual foi editor), 2015 (teve duas cartas endereçadas a João Antônio reproduzidas numa reportagem sobre a tradição da correspondência entre escritores), 2017 (outra capa, desta vez em comemoração aos 25 anos do livro Mar Paraguayo) e 2018 (matéria que tratou do lançamento de sua biografia, assinada por Luiz Manfredini). Definitivamente, um dos autores que mais aparecem nas páginas do jornal.


“Wilson Bueno era um exímio esgrimista da poesia em prosa, gênero que exige mãos hábeis e despudoradas. Nesse terreno, não é difícil atolar em certo tom altissonante que pode melar de artificialismo qualquer peça literária. Suas narrativas mais apreciadas, como a novela Mar Paraguayo ou Meu Tio Roseno a Cavalo, estão impregnadas de uma forma mestiça que trafega entre o lírico e o experimental, desequilibrando-se na selvageria do portunhol sem deixar de lado algum aspecto paródico.”

Joca Reiners Terron no ensaio “Roubando Wilson Bueno” (edição 2, setembro de 2011)

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       Walter Craveiro

Mar Paraguayo, desde que foi publicado, também teve um papel histórico e político. Além do fato de ser um monumento experimental, era um manifesto político que pretendia discutir, no âmbito da globalização que estendia suas garras sobre a cultura dos países do terceiro mundo, o papel das culturas periféricas e da própria periferia dessas periferias.”

Antonio R. Esteves na reportagem “O Magnífico Portunhol de Wilson Bueno” (edição 70, maio de 2017)