Poesia
CADA MALACO NO SEU MALHO [5554]
Glauco Mattoso
Não passa um bom pornographo sem bronha.
Absintho deix a um bardo meio grogue.
Ainda nos cavallos ha quem jogue.
Nos bichos quem aposta sempre sonha.
Nenhum anarcho achei que não se opponha.
Um hacker tem perfil falso e tem blogue.
Não joga dominó quem joga dado.
"Teenager", nos taes "games", ning uem batte.
Não sabe ser masoca quem é sado.
Chocolatras adoram chocolate
e, claro, no soneto é viciado
o cego que, na insomnia, virou vate.
Glauco Mattoso é poeta e escritor. É autor, entre outros, de Tripe de tripudio e outros contos hediondos, que traz 25 histórias breves inspiradas em seus próprios sonetos. Vive em São Paulo (SP).
Ilustração: Mayla