Poemas | Jandira Zanchi
SISOS
...quase todos os instantes do diaocupados em desfazer as pistas
das grandes vertigens
dos alpendres de muitas fases
dos minúsculos pormenores dialogados
enfrentados na tábua rasa dessa empáfia
oscilante e deslizante
comemorada em sisos e risos
eloquentes
disparados ao sol e ao sul — de mim..
PERCEPÇÕES
centésimos de percepção
aniquilam os cem mil ocasos de perdição...
qualquer lucidez será bem vinda
entre os extratos medianos da ausência de loucura
é quase ternura a branda tarde entre alfinetes brancos
afivelados em sua brandura
nunca pergunte ou assunte o mar bravio em seu ultraje
que fardo árduo amofinado de recados — bardos
tardos almirantes aspirantes arquivados esperançados
fardos...
falência de sons e e ainda saudáveis na cor rósea dessa tarde
minguados os aguados trocados
pertinências e valentias em seus alardes
rumino em meus anjos as alvas orações sem pecados
zerados aleatórios de muitos afagos os meus sinceros
e inusitados favores de escrita e lua
sei que as estrelas — essas explosões configuradas —
ainda brilham e sabem os contos e os recantos
no perfume de noites — secas — desse verão.
aniquilam os cem mil ocasos de perdição...
qualquer lucidez será bem vinda
entre os extratos medianos da ausência de loucura
é quase ternura a branda tarde entre alfinetes brancos
afivelados em sua brandura
nunca pergunte ou assunte o mar bravio em seu ultraje
que fardo árduo amofinado de recados — bardos
tardos almirantes aspirantes arquivados esperançados
fardos...
falência de sons e e ainda saudáveis na cor rósea dessa tarde
minguados os aguados trocados
pertinências e valentias em seus alardes
rumino em meus anjos as alvas orações sem pecados
zerados aleatórios de muitos afagos os meus sinceros
e inusitados favores de escrita e lua
sei que as estrelas — essas explosões configuradas —
ainda brilham e sabem os contos e os recantos
no perfume de noites — secas — desse verão.
REDENÇÕES
razoáveis distanciasferem-me os olhos
avançadas nas sombras
suínas e
dóceis
codificadas na mortífera
sina cenáculo de azul
poroso de paraísos
patíbulos puídos temerosos
do poente — vai vem desses tempos —
como o vento balouçamos em aragens e/ou piragens
universais no universo prana ou convexo
— côncavos para os desafetos —
desfeitos em partículas
ardidos de medos e desejos
e... quase, estreitando silêncios e redenções.
CRASE
crase em formato de crise
no esteio de criaturas
criadas por nossas faces e gosto
entreolhares nessa penumbra
— uma luz de violeta e estilo —
vastos vestígios de poesia
cor e sombra nas rendas do dia.
no esteio de criaturas
criadas por nossas faces e gosto
entreolhares nessa penumbra
— uma luz de violeta e estilo —
vastos vestígios de poesia
cor e sombra nas rendas do dia.
Jandira Zanchi é poeta e ficcionista, autora de Balão de ensaio (2007), Gume de gueixa (2013) e do livro virtual A janela dos ventos (2012). Integra o conselho editorial de mallarmargens revista de poesia e arte contemporânea. Vive em Curitiba (PR).