Editorial

Em março, duas efemérides importantes se referem à cultura paranaense: no dia 7 de março a Biblioteca Pública do Paraná comemora 155 anos e, no final mês, no dia 29, a capital paranaense completa 319 anos. Como não poderia deixar de ser, esta edição do Cândido se dedica a contar um pouco a história centenária da BPP, uma das bibliotecas públicas mais antigas e importantes do país. Já o aniversário da cidade serve de mote para discutir como anda a literatura feita aqui, quem são os principais nomes da nova geração e que rumo esta literatura tem seguido.

Para falar dos 155 anos da instituição, o Cândido ouviu ex-diretores, funcionários e usuários da BPP, que contaram histórias que fazem parte da trajetória da cultural e institucional da Biblioteca.

“Nenhuma livraria, nenhuma biblioteca existia para atender aos alunos e professores. Então a criação de uma Biblioteca Pública era necessária para que a população pudesse ter acesso aos livros”, conta o historiador Ernani Straube, sobre a criação da BPP na segunda metade do século XIX.

Já para falar da atual safra literária da cidade, que ganha a capa da edição, recorremos a alguns dos autores que estão fazendo a nova literatura curitibana, assim como escritores de outros Estados que acompanham a cena. “A vida intelectual em Curitiba hoje é invejável”, diz o romancista mineiro Luiz Ruffato.

Como uma amostra dessa cena, publicamos apenas escritores curitibanos na seção de inéditos, além de uma entrevista com o diretor Marcos Damaceno, um dos principais nomes do teatro local.

Entre os ilustradores, reunimos artistas de diferentes gerações, como André Ducci, que assina a capa, e Luiz Solda, que aparece com um cartum sobre o escritor Jamil Snege.

Boa leitura a todos.