Cândido indica
A partir desta edição, a equipe do jornal seleciona lançamentos e títulos do acervo da Biblioteca Pública do Paraná.
Unknown pleasures
(Editora Seoman, 2015)
Biografia da banda inglesa Joy Division, escrita pelo baixista Peter Hook, Unknown Pleasures é um retrato da explosão musical proporcionada pelo punk a partir de 1976. O Joy Divison foi formado após Hook e o guitarrista Bernard Sumner assistirem uma apresentação dos Sex Pistols em Manchester. A partir daí, a banda reinventou o rock na era pós-punk, criando um som extremante singular, sombrio, hipnótico e intenso. Em um prosa solta, Hook conta em detalhes a trajetória da banda, do sucesso de crítica e público à derrocada final, com o suicídio do vocalista Ian Curtis.
L’azur blasé
(Kotter Editorial, 2016)
Nesta coletânea de poemas, Guilherme Gontijo Flores, logo de início, propõe um pacto ficcional com o leitor: L’azur blasé seria um livro póstumo do autor, editado por dois conhecedores da vida e da obra de Gontijo. No espólio do poeta, uma miríada de textos que passeiam por diversos subgêneros da poesia — do haicai ao poema-piada. Ao final, um apêndice de notas explica ao leitor as referências utilizadas por Gontijo em seus poemas.
Atire no pianista
(LPM, 2005)
Um livro sobre marginais, que fogem de outros marginais e de uma vida marginal. Considerada a obra-prima do norte-americano David Goodis (1917-1967), Atire no pianista é um romance eletrizante sobre a montanha-russa que é a trajetória do músico Eddie. Goodis é um dos grandes autores da literatura noir e escreveu outros livros igualmente instigantes, como Lua na sargeta. Em 1960, o cineasta francês François Truffaut dirigiu a adaptação cinematográfica do romance.
O conto-zero e outras histórias
(Companhia das Letras, 2016)
Um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea, Sérgio Sant’Anna revista seu passado nesta coletânea de histórias curtas. Destaque para o conto “Vibrações”, em que Sant’Anna rememora o anos em que esteve em um programa de incentivo à literatura em Iowa, nos Estados Unidos. Essas lembranças são contadas com o peculiar domínio da língua e inventividade narrativa que se tornaram marcantes na obra do autor.
Reações psicóticas
(Conrad, 2005)
O crítico norte-americano Lester Bangs (1948-1982) foi um ícone da impressa musical. Com um estilo visceral e extremamente direto, seus textos sobre discos e estrelas do rock empolgavam tanto quanto a matéria-prima de seu trabalho — ou seja, a música. Reações psicóticas traz textos sobre artistas como Van Morrison, Iggy Pop, Kraftwerk e Jethro Tull. Bangs muitas vezes se coloca como personagem de seus escritos, como na resenha em que relata uma bebedeira com Lou Reed.