Biblioteca Afetiva

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A literatura que faço hoje está diretamente ligada à leitura de Miséria dourada, do comandante Jorge Mautner. Na época em que li o livro, eu estava tentando escrever meu primeiro livro, que era uma história linear, jovem, com frases bem escritas, enxutas, dentro da normalidade literária. Mas não era o “meu livro”. Eu seguia um modelo e não estava nem um pouco satisfeito com isso. Miséria dourada, cheio de “defeitos”, cheio de adjetivos, frases e parágrafos longos demais, me fez entender que o melhor da atividade literária é procurar a própria linguagem, o próprio jeitão de escrever. Então, me tornei um escritor.

André Sant'Anna é escritor, autor entre outros, de Amor, Sexo e O paraíso é bem bacana. Vive em São Paulo (SP).


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Uma das leituras mais marcantes da minha adolescência foi A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera. Encontrei o livro na biblioteca da escola onde estudava. Desde que o li pela primeira vez, fiquei encantada pela vida interior dos três personagens principais e as reflexões filosóficas do livro influenciaram muito minha maneira de enxergar o mundo. Como diria o próprio Kundera, a contradição pesado-leve é a mais misteriosa e mais ambígua de todas as contradições.

Thaís Reis Oliveira é estudante de Jornalismo e estagiária da Divisão de Difusão Cultural da BPP. Vive em Curitiba (PR).