ESPECIAL | Prateleira 21/11/2024 - 17:08
O Cândido selecionou alguns títulos sobre o tema principal desta edição disponíveis para empréstimo na Biblioteca Pública do Paraná; alguns estão no acervo da Estante Afro Maria Águeda. Confira a prateleira:
Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus (Ed. Francisco Alves, 1960)
Quarto de despejo: diário de uma favelada é um livro autobiográfico de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) que teve origem em seus próprios diários. Publicado em 1960, nele a escritora relata sua vivência na comunidade do Canindé, em São Paulo, criando os três filhos e trabalhando como catadora de papel. A autora via a escrita como uma forma de sair da invisibilidade social, em textos reais e sensíveis.
Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane (Ed. Companhia das Letras, 2004)
Romance de Paulina Chiziane, que retrata a história de Rami, uma mulher fiel e submissa que, ao descobrir as várias amantes e filhos de seu marido, Tony, decide enfrentá-las. A obra explora a dinâmica polígama do casamento e as transformações na vida das mulheres envolvidas. Chiziane, primeira mulher moçambicana a publicar um romance, mistura humor, lirismo e crítica social para abordar a condição feminina no seu país.
Oralidades afroparanaenses (Ed. Humaitá/SEED, 2018). (Vários autores)
Oralidades afroparanaenses é uma obra que resgata fragmentos da presença negra na história do Paraná, por meio de histórias de comunidades e personalidades afroparanaenses de diversas cidades. O livro apresenta essas narrativas valorizando seus modos de viver e heranças culturais, com referências à África.
Doces memórias, de Alice da Silva (Ed. Humaitá, 2022)
No livro Doces memórias, Alice da Silva condensou os relatos de sua vida. Mesmo que tenha aprendido a ler e escrever somente aos 65 anos, foi uma liderança em todas as atividades nas quais esteve envolvida — de boia-fria a parteira.
Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves (Ed. Record, 2006)
São quase mil páginas que contam a história da escravidão, no romance escrito pela mineira Ana Maria Gonçalves, após alguns anos de pesquisa sobre o tema. Lançado em 2006, tornou-se um livro referencial sobre um episódio histórico que ainda revela muitas facetas da formação social no Brasil.