ESPECIAL | Prateleira 31/05/2023 - 10:24

Cinco sugestões de leitura para se aprofundar nos livros e nas ideias de escritores renomados

 

 

 

 

 

 

 

Escrever é Muito Perigoso (Todavia, 2023), de Olga Tokarczuk 

Durante a pandemia, a polonesa Olga Tokarczuk sentiu a necessidade de organizar sua produção ensaística e partir da posição de “narrador em quarta pessoa”, como explica em uma nota. Além de textos incluídos em outras publicações, tem destaque a transcrição de falas públicas dos últimos anos, como o discurso que fez ao receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 2019. Aparecem temas como a condição humana e o meio ambiente — presentes em Sobre os Ossos dos Mortos (2019) —, a importância dos tradutores e o processo de construção de personagens.

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A Vida por Escrito — Ciência e Arte da Biografia (Companhia das Letras, 2022), de Ruy Castro 

O que tem a dizer o narrador de histórias de Carmen Miranda, Garrincha, Nelson Rodrigues — e ainda da bossa nova, do bairro Ipanema e do mundo do século XX? Em A Vida por Escrito, Ruy Castro compartilha técnicas e bastidores que o colocaram entre os nomes mais importantes do biografismo no Brasil. Esta não é sua primeira incursão nos livros sobre livros. Em O Leitor Apaixonado (2009), o autor reuniu 45 textos sobre literatura publicados antes  em jornais, sempre no entorno daqueles escritores considerados “malditos”.

 

 

 

 

 

 

As Margens e o Ditado (Intrínseca, 2023), de Elena Ferrante 

Em quatro ensaios, o novo livro de não ficção de Elena Ferrante apresenta a leitura de autoras como Gertrude Stein e Virginia Woolf, a sua infância numa pequena cidade da Itália e divagações sobre o ato da escrita. Parte da figura de Ferrante já começava a ser desvendada em entrevistas e cartas reunidas em Frantumaglia (2017). Agora a identidade artística da autora de A Amiga Genial (2011) é um mistério mais palpável.

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Escrever (Relicário Edições, 2021), de Marguerite Duras 

Um dos últimos livros da escritora e cineasta francesa, Escrever reúne cinco textos curtos que sintetizam mais de meio século de produção. Na primeira parte, que dá nome ao livro, surge o trecho consagrado em versos por Duras: “Escrever. / Não posso. / Ninguém pode. / É preciso dizer: não podemos. / E escrevemos.” A solidão, a morte, a guerra, a relação com a bebida e o contato com o mundo externo são confrontados numa casa nos arredores de Paris, de onde saíram livros como O Amante (1984) e A Dor (1985).

 

 

 

 

 

 

 

Por Que Escrever? (Companhia das Letras, 2022), de Philip Roth


Nos ensaios e entrevistas presentes neste livro, o leitor pode vislumbrar um lado mais íntimo de Philip Roth. São mais de 40 textos onde o escritor parte de assuntos particulares de sua vida e expande para temas macros. As reflexões sobre o judaísmo estão presentes, assim como as impressões de leituras de autores como Franz Kafka e Saul Bellow. Além disso, podemos ler as palestras de Roth falando sobre os seus livros mais polêmicos, como O Complexo de Portnoy (1969).

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