ESPECIAL | Prateleira 08/05/2025 - 15:21
O Cândido seleciona algumas obras importantes traduzidas para o português. Confira:
Maya Angelou – Poesia Completa (Astral Cultural, 2020), por Maya Angelou
Tradução: Lubi Prates
A coletânea compila a vasta produção poética da autora Maya Angelou, entre suas reflexões sobre a vida afro-americana, identidade, opressão, resistência e a celebração revolucionária da condição da mulher negra.
Lubi Prates é autora de Um Corpo Negro (2018), finalista do prêmio Jabuti. Passou a traduzir do inglês a obra de escritores que abordam temas relacionados à negritude. Já traduziu, também do inglês, Zami: uma biomitografia (2021), de Audre Lorde, e, do espanhol, Defesa Pessoal (2018), de Jimena Arnolfi.
Todos os contos (Companhia das Letras, 2021), por Julio Cortázar
Tradução: Heloisa Jahn e Josely Vianna Baptista
Publicado em dois volumes, reúne — como diz o título — todos os contos do escritor Julio Cortázar. O primeiro no período entre 1945 e 1966 e o segundo de 1969 a 1983. Ganhou o primeiro lugar do Prêmio Jabuti, na categoria Tradução, em 2022.
Além de Cortázar, Heloisa Jahn, falecida em 2022, traduziu nomes como José Donoso, Jorge Luis Borges, Louise Glück, Hans Christian Andersen, George Orwell, Charles Dickens, Buchi Emecheta e Vivian Gornick. Trabalhou em editoras como Cosac Naify, Brasiliense e Companhia das Letras. Josely Vianna Baptista traduziu Paradiso (1966), de Lezama Lima, Os rios profundos (1958), de Arguedas, A vida breve (1950), de Onetti, e Os passos perdidos (1953), de Carpentier, Cadernos da Ameríndia (1966), Terra sem Mal: com rolanças e mergulhos pelos divinos roteiros secretos dos índios Guarani (2005), Roça barroca (2007), entre outros. Integrou o corpo de tradutores das Obras completas de J. L. Borges (Prêmio Jabuti de Tradução, 1999).
Bagdá noir (Tabla, 2023), organizado por Samuel Shimon
Tradução: Jemima Alves
A antologia, faz parte da premiada série noir da Akashic Books e reúne 14 contos que se passam em regiões diferentes de Bagdá, uma das cidades do mundo mais devastadas pela guerra.
Jemima Alves é doutora em Letras (CNPQ/USP), pós-doutoranda no Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP e atua como tradutora literária árabe-português. Realizou doutorado sanduíche na Universidade de Nova York sob supervisão do professor e escritor iraquiano Sinan Antoon. Também pela Editora Tabla, traduziu Gente, isso é Londres (2022), de Hanan Al-Shaykh, e Ave Maria (2024), de Sinan Antoon.
Canto para Govinda (Penguin-Companhia das Letras, 2023), por Jayadeva Goswami
Tradução: João Carlos B. Gonçalves
Fundamental para a cultura hinduísta, Canto para Govinda narra em um ritmo intenso de dança a história de amor entre dois pastores, oscilando entre a dimensão do terreno e do místico. Este clássico recebe nova tradução do sânscrito, privilegiando a sonoridade musical e contextualizando termos para leitores pouco familiarizados com a tradição indiana. A obra ganhou o primeiro lugar do Prêmio Jabuti, na categoria Tradução em 2024.
João Carlos Barbosa Gonçalves é doutor em Linguística (FFLCH – Universidade de São Paulo), membro colaborador do Instituto de Estudos Filosóficos da Universidade de Coimbra, tradutor, professor de língua sânscrita e literatura filosófica da Índia Antiga. Em seu mestrado (2004), fez uma tradução poética do Gītagovinda, de Jayadeva, XII d.C., e tratou de seus conteúdos mitológico, erótico e estético (publicada como Canto para Govinda).
kk