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Leitores

“O que as pessoas estão lendo?” Esta sempre foi uma das preocupações do jornal, que ao longo de sua trajetória dedicou três seções à investigação do gosto literário alheio. Composta por notas curtas, a Biblioteca Afetiva revelou os livros de cabeceira de todo o tipo de gente — escritores, professores, críticos, artistas, funcionários e frequentadores da BPP. Já o Perfil do Leitor mostrou o relacionamento de personalidades do mundo cultural com a literatura. Foram mais de 50 entrevistas publicadas, de nomes como Marina Lima, Gerald Thomas, Guilherme Arantes e Neville D’Almeida, entre outros. Por fim, a série de reportagens Na Biblioteca de… visitou as coleções particulares de 11 figuras da cena local, sempre retratadas pelo fotógrafo Kraw Penas.

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“Tenho vários livros em primeira edição que comprei em um sebo. Os títulos eram do crítico Temístocles Linhares. Entre eles está Lavoura Arcaica. É interessante notar, comparando com as edições mais recentes, como o escritor mudou frases e palavras. Esta edição também traz um posfácio em que Raduan Nassar fala das referências que aparecem na obra.”

Sandra M. Stroparo, professora da UFPR e tradutora, na série Na Biblioteca de… (edição 52, novembro de 2015)

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“Jorge Luis Borges é um escritor que eu me recusava a ler quando era jovem porque ele foi condecorado pelo Pinochet, ditador do Chile. Eu falava: ‘Ah, esse cara é fascista, não vou ler’. Até que um dia li uma antologia pessoal. Fiquei fascinado. Falei: ‘Dane-se se é de direita’.”
Paulo Venturelli, escritor e professor universitário aposentado, na série Na Biblioteca de… (edição 50, setembro de 2015)
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“Meu pai tinha uma vasta biblioteca, com livros de Filosofia, Direito, Economia. Sabe aqueles intelectuais nordestinos cultíssimos? Pois então, ele era um desses. Além disso, havia um grande estímulo à leitura na escola, que vendia romances para pré-adolescentes em formato pocket. Eu mergulhava nesses livros por meses.”

Marina Lima, cantora, na seção Perfil do Leitor (edição 40, novembro de 2014)
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“A ironia de certos autores é o que mais me atrai, me interessa. Entendo a ironia como uma crítica que, em vez de reclamar, ri. Portanto, Machado de Assis e Nelson Rodrigues são referências eternas, além, é claro, de diretores que trabalham com isso, como Kubrick, Irmãos Cohen, Woody Allen, etc.”

Anna Muylaert, cineasta, na seção Perfil do Leitor (edição 33, abril de 2014)