Helena #3: A costelândia brasileira 29/11/2013 - 16:12
Com mais de 50 restaurantes especializados, Curitiba assume o status de parque de diversões dos aficionados pela simplicidade da costela
Cidade Sorriso. Capital Ecológica (depois Social, Country). Reduto do rock nos anos 1990. Público de teatro mais crítico do país. Berço de comediantes stand up. Terra do Oil Man. Todos esses rótulos já eram. Atualmente, Curitiba é a costelândia brasileira, um parque de diversões de sal grosso, carne, matambre, gordura e ossos.
São cerca de 50 restaurantes dedicados ao costado bovino em plena operação nos limites do município. Um braseiro colossal capaz de bronzear 300 toneladas, ou 43 mil pontas, ou ainda 645 mil fatias de costela por mês. Nunca se ensebou tanto o beiço em território araucariano.
“Nós recebemos muita gente de fora aqui e todo mundo diz que não há no Brasil um lugar igual, com várias opções. Talvez no Rio Grande do Sul, mas não acredito. Curitiba é o lugar dos costelões”, garante Ademir Siqueira, gerente do Costelão Havana, localizado no Água Verde.
Contingente esparramado democraticamente pelos bairros, da grã-finagem do Bigorrilho à vileiragem do Capão Raso. A Meca para quem aprecia o corte é o Boa Vista, com três estabelecimentos. Há alternativas no Mercês, Capão Raso, Santa Cândida, Capão Imbuía, Xaxim, Centro, Juvevê, Parolin e, pelo menos, em outras 20 localidades.
Todas comungando do preceito fundamental do segmento: simplicidade. Bancos de madeira, sem encosto, são elementos quase obrigatórios da mobília. Toalha xadrez ou um papelão protegem a mesa, igualmente rústica. É o que basta para se sentir confortável.
Além da costela — no espeto ou no rolete —, são servidas as guarnições clássicas: salada (com cebolinha roxa e feijão à cavalo), maionese, farofa e arroz. Com sabor de rango caseiro. A polentinha frita é o chamado “plus a mais” e o galeto e a linguiça escoltam o prato principal.
“Quem frequenta costelão gosta das coisas assim, sem frescura, sem luxo, um lugar sem regras para realmente matar a fome. E atrai gente de todas as classes, do rico até o pobre”, resume Rafael Elias, dono da Companhia da Costela, alojada em um imóvel datado da década de 1940 no Capão Raso.
O que igualmente não tem mistério é o procedimento para incinerar a costela, embora os “entendidos” tratem o processo como algo místico. “É só sal grosso e cinco horas de fogo constante. Não tem erro”, ensina o assador Antônio Carlos Lara, para desespero dos adeptos do papel celofane e artimanhas maravilhosas. “Não pode faltar brasa, senão encrua”, ressalta. Para quem quiser testar no quintal, uma costela de categoria sai por R$ 9,40 o quilo.
Despretensão geral realçada com o advento de um fenômeno recente agindo em sentido contrário. Até as churrascarias, célebres jurisdições da falta de modos, sucumbiram à “gourmetização”. Agora, o bife é Kobe, a picanha é uruguaia, o mignon é lambrecado em multi-molhos, o mugido é emanado no deserto australiano, tem sushi, massas, frutos do mar e, de repente, rola uma passada pela tábua de sobremesas.
Toda essa misturança atinge o bolso, naturalmente. Uma refeição completa (comida e bebida) em um costelão sai, em média, R$ 25. Saciar a fome em um rodízio consome o dobro do valor. “Pra quem gosta de carne e não come essa coisarada, o melhor custo benefício é o dos costelões”, sustenta o empresário Ézio Ramos, freguês assíduo do Nyck Costela, empreendimento de maior sucesso do ramo, com três casas, no Água Verde, Juvevê e Bigorrilho.
O pioneiro do setor é um dos restaurantes mais antigos em atividade da capital. Sob o nome de Churrascaria Vila Nova, foi inaugurada em 1965 — o alvará de funcionamento está lá, pregado na parede, logo na entrada, para quem quiser comprovar.
Em 1983, assumiu a designação de Costelão do Amantino, homenagem ao proprietário e propaganda da vocação desde os primórdios. “Nós estávamos perdendo um pouco do movimento com algumas alterações que fizemos, aí decidi mexer na marca para reforçar que continuava sendo o restaurante do meu pai”, explica Edson Luiz Túlio, herdeiro do fundador falecido em 1996.
O endereço jamais se alterou, situado no número 6.047 da Avenida Manoel Ribas, a poucos metros do império da macarronada, o Madalosso. “Quando iniciamos, tinha pouca coisa por aqui, só o Velho Madalosso e o Iguaçu, dava para ouvir de longe os carros vindo pelo chão de macadame”, diz Túlio.
Na mesma temporada de 1983 surgiu outro ícone das ripas: o Costelão Vila Hauer, artífice do sistema 24 horas, baseado em um bem ajambrado revezamento de assadores e copiado no futuro por inúmeros concorrentes. “Curitiba sempre foi uma cidade com poucas opções para se comer tarde da noite. Daí veio a ideia de praticamente não fechar o restaurante”, recorda Ivanir Denardin, garçom do espaço aberto pelo tio Quinto.
Ali pelas imediações do terminal de ônibus da região há outra amostra da coqueluche costeleira em Curitiba. Ao lado do Costelão da Vila Hauer está o Galpão da Costela. Todo dia, toda hora, os dois travam uma espécie de Atletiba carnívoro. Os preços, os acompanhamentos e o ambiente são similares. Entretanto, os fãs de um, e de outro, enxergam um contraste abismal, discursam que a carne do rival é amaciada no mamão, o ovo da maionese é daquele traiçoeiro, que os garçons do adversário são emburrados e que é comum verificar itens não solicitados incluídos na conta. “A maioria da galera é fiel, não troca por nada de costelão. Pra mim tanto faz, o importante é que os dois estejam sempre cheios”, torce João Pires de Sousa, guardador de carros da quebrada.
E quando o assunto é o embate pela freguesia do outro lado da meia-noite, há um hors-concours: o Costelão Curitibano. Criado no sudoeste da capital, o modelo 24 horas acabou consagrado perto da zona central, no Rebouças. Na virada para o ano 2000, o mundo não terminou e a juventude curitibana adotou o local como fornecedor da larica pós-embalos da “náite”.
“Foi possivelmente a melhor época. Por volta das três horas da manhã, o salão ficava lotado, cheio da gurizada que vinha das baladas. Era bonito de ver”, relembra Clodoaldo Barbosa, gerente do comércio aberto em 1992 já com atividade sem parar.
Gigante da madrugada, seu êxito em horário convencional se repetia na Rua Chile. Queimando costela em escala industrial, há quem jure que o sol não brilhava sobre a quadra inteira tão grossa era a fumaça produzida. A muáfa de carne também contaminava a atmosfera com intensidade absurda.
Exagero, claro. De certo que, em um dia qualquer, representantes da vizinha UniCuritiba atravessaram a rua para protestar, incomodados com a neblina da cremação do gado. Parecia impossível manter os alunos glutões dentro de sala de aula. “Acabamos mudando o formato da nossa churrasqueira e superamos esse problema”, conta Barbosa.
Outro obstáculo, bem mais robusto, se impôs a partir do final do ano passado, com o recrudescimento da Lei Seca. Em dezembro de 2012, a multa para quem é flagrado conduzindo um automóvel sob o efeito de álcool passou para quase R$ 2 mil. De quebra, o infrator pode cair em cana caso se recuse a assoprar o bafômetro.
O rigor moderno de olho na segurança do trânsito alterou o panorama da noite curitibana e, naturalmente, feriu os costelões. Amansar a sede detonada pelo sal grosso com uma cervejinha gelada... “Infelizmente, essa combinação ficou inviável. Mas ok, pois já estava na hora de o pessoal se tocar que juntar bebida e direção não dá certo”, afirma o bancário Mauro Gimenez, cliente do Costelão Vila Hauer.
Os responsáveis pelos restaurantes não parecem tão resignados com a nova realidade, um golpe duro no esquema 24 horas. Há quem aponte uma perda de aproximadamente 30% de faturamento devido à rigidez da Lei Seca e suas blitze surpresas.
Mas se o retorno de caixa tem decaído, o sapeca all night long permanece como cenário das extravagâncias. Como a história do camarada que mandou para dentro 13 nacos de costela — a média para um homem é de três pedaços. Alojou no bucho em torno de 2,6 quilos de matéria. “Ninguém acreditou. Esse deu prejuízo”, comenta Ivanir Denardim, do Vila Hauer. Com a turma recém-saída da esbórnia, não é incomum presenciar duelos com tábuas de carne pelo salão.
Também durante o período uma estatística bizarra é incrementada: a dos funcionários decepados pela serra elétrica de costela. Quando o sono e o cansaço batem, uma vacilação e lá se foi um pedaço do dedo. “Não dá para deixar empregado inexperiente lidar com isso. Nós usamos um garfo comprido e uma espátula para o corte. Tem que ter jeito”, analisa Antônio Carlos Lara, assador do Curitibano. “Antigamente era mais perigoso ainda, se cortava com uma pancada, com o facão afiado. Vi colegas perdendo uma lasca da orelha”, rememora.
Esse cenário particular foi escolhido por um grupo de pessoas para se conhecer, conversar e, principalmente, exercitar a paixão pelo desenho. “Fizemos em Curitiba uma versão de um evento de São Paulo que se chamava Bistecão Ilustrado. Aqui, batizamos de Costelão Ilustrado. Em Florianópolis tem o Berbigão Ilustrado”, conta Guilherme Bevilaqua, desenhista profissional e professor da PUC-PR.
O primeiro encontro ocorreu em 2009 e 25 edições se passaram. Não há a imposição de criar sobre, por exemplo, “as maravilhas gastronômicas do dorso do boi”, mas a reunião gerou uma coleção considerável de arte relativa à carne. “Temos bastante trabalho legal, uma demonstração de como os costelões se integraram ao cotidiano dos curitibanos”, expõe Bevilaqua.
André Pugliesi é jornalista e criador do blog Jornalista de Merda. Atualmente trabalha no jornal Gazeta do Povo e mantém o blog www.andrepugliesi.wordpress.com.
Fotos: Theo Marques
São cerca de 50 restaurantes dedicados ao costado bovino em plena operação nos limites do município. Um braseiro colossal capaz de bronzear 300 toneladas, ou 43 mil pontas, ou ainda 645 mil fatias de costela por mês. Nunca se ensebou tanto o beiço em território araucariano.
“Nós recebemos muita gente de fora aqui e todo mundo diz que não há no Brasil um lugar igual, com várias opções. Talvez no Rio Grande do Sul, mas não acredito. Curitiba é o lugar dos costelões”, garante Ademir Siqueira, gerente do Costelão Havana, localizado no Água Verde.
Contingente esparramado democraticamente pelos bairros, da grã-finagem do Bigorrilho à vileiragem do Capão Raso. A Meca para quem aprecia o corte é o Boa Vista, com três estabelecimentos. Há alternativas no Mercês, Capão Raso, Santa Cândida, Capão Imbuía, Xaxim, Centro, Juvevê, Parolin e, pelo menos, em outras 20 localidades.
Todas comungando do preceito fundamental do segmento: simplicidade. Bancos de madeira, sem encosto, são elementos quase obrigatórios da mobília. Toalha xadrez ou um papelão protegem a mesa, igualmente rústica. É o que basta para se sentir confortável.
Além da costela — no espeto ou no rolete —, são servidas as guarnições clássicas: salada (com cebolinha roxa e feijão à cavalo), maionese, farofa e arroz. Com sabor de rango caseiro. A polentinha frita é o chamado “plus a mais” e o galeto e a linguiça escoltam o prato principal.
“Quem frequenta costelão gosta das coisas assim, sem frescura, sem luxo, um lugar sem regras para realmente matar a fome. E atrai gente de todas as classes, do rico até o pobre”, resume Rafael Elias, dono da Companhia da Costela, alojada em um imóvel datado da década de 1940 no Capão Raso.
O que igualmente não tem mistério é o procedimento para incinerar a costela, embora os “entendidos” tratem o processo como algo místico. “É só sal grosso e cinco horas de fogo constante. Não tem erro”, ensina o assador Antônio Carlos Lara, para desespero dos adeptos do papel celofane e artimanhas maravilhosas. “Não pode faltar brasa, senão encrua”, ressalta. Para quem quiser testar no quintal, uma costela de categoria sai por R$ 9,40 o quilo.
Despretensão geral realçada com o advento de um fenômeno recente agindo em sentido contrário. Até as churrascarias, célebres jurisdições da falta de modos, sucumbiram à “gourmetização”. Agora, o bife é Kobe, a picanha é uruguaia, o mignon é lambrecado em multi-molhos, o mugido é emanado no deserto australiano, tem sushi, massas, frutos do mar e, de repente, rola uma passada pela tábua de sobremesas.
Toda essa misturança atinge o bolso, naturalmente. Uma refeição completa (comida e bebida) em um costelão sai, em média, R$ 25. Saciar a fome em um rodízio consome o dobro do valor. “Pra quem gosta de carne e não come essa coisarada, o melhor custo benefício é o dos costelões”, sustenta o empresário Ézio Ramos, freguês assíduo do Nyck Costela, empreendimento de maior sucesso do ramo, com três casas, no Água Verde, Juvevê e Bigorrilho.
O pioneiro do setor é um dos restaurantes mais antigos em atividade da capital. Sob o nome de Churrascaria Vila Nova, foi inaugurada em 1965 — o alvará de funcionamento está lá, pregado na parede, logo na entrada, para quem quiser comprovar.
Em 1983, assumiu a designação de Costelão do Amantino, homenagem ao proprietário e propaganda da vocação desde os primórdios. “Nós estávamos perdendo um pouco do movimento com algumas alterações que fizemos, aí decidi mexer na marca para reforçar que continuava sendo o restaurante do meu pai”, explica Edson Luiz Túlio, herdeiro do fundador falecido em 1996.
O endereço jamais se alterou, situado no número 6.047 da Avenida Manoel Ribas, a poucos metros do império da macarronada, o Madalosso. “Quando iniciamos, tinha pouca coisa por aqui, só o Velho Madalosso e o Iguaçu, dava para ouvir de longe os carros vindo pelo chão de macadame”, diz Túlio.
Na mesma temporada de 1983 surgiu outro ícone das ripas: o Costelão Vila Hauer, artífice do sistema 24 horas, baseado em um bem ajambrado revezamento de assadores e copiado no futuro por inúmeros concorrentes. “Curitiba sempre foi uma cidade com poucas opções para se comer tarde da noite. Daí veio a ideia de praticamente não fechar o restaurante”, recorda Ivanir Denardin, garçom do espaço aberto pelo tio Quinto.
Ali pelas imediações do terminal de ônibus da região há outra amostra da coqueluche costeleira em Curitiba. Ao lado do Costelão da Vila Hauer está o Galpão da Costela. Todo dia, toda hora, os dois travam uma espécie de Atletiba carnívoro. Os preços, os acompanhamentos e o ambiente são similares. Entretanto, os fãs de um, e de outro, enxergam um contraste abismal, discursam que a carne do rival é amaciada no mamão, o ovo da maionese é daquele traiçoeiro, que os garçons do adversário são emburrados e que é comum verificar itens não solicitados incluídos na conta. “A maioria da galera é fiel, não troca por nada de costelão. Pra mim tanto faz, o importante é que os dois estejam sempre cheios”, torce João Pires de Sousa, guardador de carros da quebrada.
E quando o assunto é o embate pela freguesia do outro lado da meia-noite, há um hors-concours: o Costelão Curitibano. Criado no sudoeste da capital, o modelo 24 horas acabou consagrado perto da zona central, no Rebouças. Na virada para o ano 2000, o mundo não terminou e a juventude curitibana adotou o local como fornecedor da larica pós-embalos da “náite”.
“Foi possivelmente a melhor época. Por volta das três horas da manhã, o salão ficava lotado, cheio da gurizada que vinha das baladas. Era bonito de ver”, relembra Clodoaldo Barbosa, gerente do comércio aberto em 1992 já com atividade sem parar.
Gigante da madrugada, seu êxito em horário convencional se repetia na Rua Chile. Queimando costela em escala industrial, há quem jure que o sol não brilhava sobre a quadra inteira tão grossa era a fumaça produzida. A muáfa de carne também contaminava a atmosfera com intensidade absurda.
Exagero, claro. De certo que, em um dia qualquer, representantes da vizinha UniCuritiba atravessaram a rua para protestar, incomodados com a neblina da cremação do gado. Parecia impossível manter os alunos glutões dentro de sala de aula. “Acabamos mudando o formato da nossa churrasqueira e superamos esse problema”, conta Barbosa.
Outro obstáculo, bem mais robusto, se impôs a partir do final do ano passado, com o recrudescimento da Lei Seca. Em dezembro de 2012, a multa para quem é flagrado conduzindo um automóvel sob o efeito de álcool passou para quase R$ 2 mil. De quebra, o infrator pode cair em cana caso se recuse a assoprar o bafômetro.
O rigor moderno de olho na segurança do trânsito alterou o panorama da noite curitibana e, naturalmente, feriu os costelões. Amansar a sede detonada pelo sal grosso com uma cervejinha gelada... “Infelizmente, essa combinação ficou inviável. Mas ok, pois já estava na hora de o pessoal se tocar que juntar bebida e direção não dá certo”, afirma o bancário Mauro Gimenez, cliente do Costelão Vila Hauer.
Os responsáveis pelos restaurantes não parecem tão resignados com a nova realidade, um golpe duro no esquema 24 horas. Há quem aponte uma perda de aproximadamente 30% de faturamento devido à rigidez da Lei Seca e suas blitze surpresas.
Mas se o retorno de caixa tem decaído, o sapeca all night long permanece como cenário das extravagâncias. Como a história do camarada que mandou para dentro 13 nacos de costela — a média para um homem é de três pedaços. Alojou no bucho em torno de 2,6 quilos de matéria. “Ninguém acreditou. Esse deu prejuízo”, comenta Ivanir Denardim, do Vila Hauer. Com a turma recém-saída da esbórnia, não é incomum presenciar duelos com tábuas de carne pelo salão.
Também durante o período uma estatística bizarra é incrementada: a dos funcionários decepados pela serra elétrica de costela. Quando o sono e o cansaço batem, uma vacilação e lá se foi um pedaço do dedo. “Não dá para deixar empregado inexperiente lidar com isso. Nós usamos um garfo comprido e uma espátula para o corte. Tem que ter jeito”, analisa Antônio Carlos Lara, assador do Curitibano. “Antigamente era mais perigoso ainda, se cortava com uma pancada, com o facão afiado. Vi colegas perdendo uma lasca da orelha”, rememora.
Esse cenário particular foi escolhido por um grupo de pessoas para se conhecer, conversar e, principalmente, exercitar a paixão pelo desenho. “Fizemos em Curitiba uma versão de um evento de São Paulo que se chamava Bistecão Ilustrado. Aqui, batizamos de Costelão Ilustrado. Em Florianópolis tem o Berbigão Ilustrado”, conta Guilherme Bevilaqua, desenhista profissional e professor da PUC-PR.
O primeiro encontro ocorreu em 2009 e 25 edições se passaram. Não há a imposição de criar sobre, por exemplo, “as maravilhas gastronômicas do dorso do boi”, mas a reunião gerou uma coleção considerável de arte relativa à carne. “Temos bastante trabalho legal, uma demonstração de como os costelões se integraram ao cotidiano dos curitibanos”, expõe Bevilaqua.
André Pugliesi é jornalista e criador do blog Jornalista de Merda. Atualmente trabalha no jornal Gazeta do Povo e mantém o blog www.andrepugliesi.wordpress.com.
Fotos: Theo Marques
Reportagem originalmente publicado na terceira edição da revista Helena. Todas as edições da revista Helena estão disponíveis online em: http://issuu.com/revistahelena