Editorial
Nas listas de mais vendidos, as biografias costumam ocupar lugar de destaque. Escritores, políticos, cantores, atores e religiosos são fontes inesgotáveis de livros que se baseiam em trajetórias que, de alguma forma, interessam aos leitores. Desde os meados dos anos 1990, o gênero aqueceu o mercado editorial brasileiro, que viu nas biografias um ótimo filão para aumentar seus lucros. A vida dos outros, como se tem verificado, além de boas obras, rende dinheiro.
Talvez por conta desse aquecimento das biografias em uma cena de pouca tradição no gênero, os processos contra biógrafos e editoras se proliferaram. O caso da biografia de Roberto Carlos, escrita por Paulo César de Araújo, recolhida pelo cantor a mando da justiça se tornou célebre e suscitou debates sobre livros que retratam a vida de pessoas públicas.
Esses temas são debatidos nesta edição do Cândido, que ouviu especialistas para falar da ascensão das biografias, do modo de criação dos biógrafos e da trajetória do gênero no Brasil no último século. No entanto, uma biografia nunca dá conta de toda uma vida, alerta o professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Alexandre de Sá Avelar. Hoje, há duas vertentes no mercado editorial brasileiro: a de biografias feitas por jornalistas, que são mais agradáveis de se ler, e as de estilo mais acadêmico, que procuram traduzir para não especialistas conteúdos mais densos, o que nem sempre resulta em textos fluentes. A observação é da docente da Universidade de São Paulo (USP) Angela Alonso, autora da biografia Joaquim Nabuco: os salões e as ruas.
Além do dossiê sobre as biografias, a edição traz história inédita de Dalton Trevisan. Um dos maiores escritores na língua portuguesa, o curitibano aparece com o conto “Flausi-Flausi”, inspirado na vida da escritora Katherine Mansfield. Outro paranaense, Rodrigo Garcia Lopes, concede entrevista sobre seus novos trabalhos, o CD Canções do estúdio realidade e a coletânea de poemas Estúdio realidade.
Boa leitura.
Talvez por conta desse aquecimento das biografias em uma cena de pouca tradição no gênero, os processos contra biógrafos e editoras se proliferaram. O caso da biografia de Roberto Carlos, escrita por Paulo César de Araújo, recolhida pelo cantor a mando da justiça se tornou célebre e suscitou debates sobre livros que retratam a vida de pessoas públicas.
Esses temas são debatidos nesta edição do Cândido, que ouviu especialistas para falar da ascensão das biografias, do modo de criação dos biógrafos e da trajetória do gênero no Brasil no último século. No entanto, uma biografia nunca dá conta de toda uma vida, alerta o professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Alexandre de Sá Avelar. Hoje, há duas vertentes no mercado editorial brasileiro: a de biografias feitas por jornalistas, que são mais agradáveis de se ler, e as de estilo mais acadêmico, que procuram traduzir para não especialistas conteúdos mais densos, o que nem sempre resulta em textos fluentes. A observação é da docente da Universidade de São Paulo (USP) Angela Alonso, autora da biografia Joaquim Nabuco: os salões e as ruas.
Além do dossiê sobre as biografias, a edição traz história inédita de Dalton Trevisan. Um dos maiores escritores na língua portuguesa, o curitibano aparece com o conto “Flausi-Flausi”, inspirado na vida da escritora Katherine Mansfield. Outro paranaense, Rodrigo Garcia Lopes, concede entrevista sobre seus novos trabalhos, o CD Canções do estúdio realidade e a coletânea de poemas Estúdio realidade.
Boa leitura.