Biblioteca Afetiva
Mariana Ianelli nasceu em 1979 na cidade de São Paulo. Poeta, mestre em Literatura e Crítica Literária, é autora dos livros Trajetória de antes (1999), Almádena (2007) e Treva Alvorada (2010), entre outros, todos pela editora Iluminuras. Em 2011 obteve menção honrosa da Casa das Américas (Cuba) pelo livro Treva Alvorada. Vive em São Paulo (SP).
Não me lembro quando li, mas com certeza era ainda adolescente. Foi Rayuela (que é o famoso Jogo da amarelinha, do Julio Cortázar, mas digo em espanhol porque foi nessa língua que li) e me marcou de diversas maneiras. Primeiro por ser o primeiro livro de um autor argentino e me apresentar o boom. Depois, porque o livro transgredia tantas “normas” que eu achava que existiam na literatura que meu pensamento durante todo o livro foi: “e um escritor pode fazer isso?” Reli na outra ordem proposta pelo autor e fiquei ainda mais maravilhado. É um livro central na minha vida.
Marcelo Barbão é escritor e tradutor. Publicou Acaricia meu sonho (2007) e A mulher sem palavras (2010). Vive, como não podia deixar de ser, em Buenos Aires (AR).
O arco-íris da gravidade, de Thomas Pynchon, me abriu muitas portas e janelas quando li o romance pela primeira vez, aos dezoito anos. É um livro de excessos: personagens demais, palavras demais, páginas demais. Em resumo: um desvario multifacetado, que mescla diversas linguagens, que é erudito ao mesmo tempo em que está mergulhado na cultura de massa. Sendo assim, retrata, como poucos outros livros, o que é viver nos dias de hoje. Foi através de Pynchon que descobri o poder da literatura contemporânea.
Antônio Xerxenesky é autor dos livros Areia nos dentes (Não Editora, 2008 e Rocco, 2010) e A página assombrada por fantasmas (Rocco, 2011). Vive em Porto Alegre (RS).
Em O nome da rosa, de Umberto Eco, revivi as lembranças do tempo acadêmico. Época em que tive o primeiro contato com a história das bibliotecas medievais. Nessa trama, o leitor se depara com uma biblioteca ideologicamente característica da época, quando a informação era extremamente restrita e representava a dominação e o poder da Igreja, além de um misto de paixão, punição, crime e intriga.
Sizuko Takemiya é bibliotecária e chefe da Divisão de Obras Gerais da Biblioteca Pública do Paraná. Vive em Curitiba (PR).