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Antologia traz 101 poetas paranaenses

Em dois volumes, coletânea faz um mapeamento da produção poética do estado ao longo de mais de um século e meio



Da Redação

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A história da poesia paranaense acaba de ganhar um novo capítulo. A coletânea 101 poetas paranaenses — antologia de escritas poéticas do século XIX ao XXI, editada pela Biblioteca Pública do Paraná, por meio do Núcleo de Edições da Secretaria de Estado da Cultura (Seec), traz ao leitor uma inédita compilação da lírica do Estado. Organizada pelo poeta e crítico Ademir Demarchi, a antologia está dividida em dois volumes, cada uma com tiragem de 1.500 exemplares, que, juntas, somam mais de 800 páginas — as publicações serão distribuídas gratuitamente a todas as bibliotecas públicas do Paraná e instituições culturais do país. Os livros também serão vendidos na BPP a R$ 15 cada exemplar.

No volume um, estão 50 poetas, nascidos entre a primeira metade do século XIX e a segunda metade do século XX. Já o volume dois, traz 51 autores nascidos entre 1959 e 1993. “Em vez de uma antologia que se baseasse apenas em alguns poucos autores tidos como fundacionais, por isso já instituídos nasleituras feitas por críticos e nas republicações de suas obras, preferi uma forma mais ampla, rizomática, de lidar com o cenário, encarando-se o risco da pesquisa extensa que levou ao significativo número de 101 poetas”, explica Ademir Demarchi que, em sua pesquisa, leu e consultou mais de 300 obras de autores paranaenses, em um trabalho que se desenvolveu ao longo de um ano e meio.

O diretor da Biblioteca Pública do Paraná, Rogério Pereira, afirma que a produção poética paranaense é intensa, desde quando o Paraná se emancipou de São Paulo, em 1853, até hoje. “É impressionante a quantidade de poetas paranaenses. Esta antologia reúne desde Dario Vellozo e Emiliano Perneta, alguns dos mais antigos, passando por Helena Koldy e Sérgio Rubens Sossélla, até chegar aos contemporâneos, muitos dos quais publicando em sites e blogs”, diz Pereira, completando que o livro funciona tanto como uma recuperação de memória, para quem já conhece os autores, como uma apresentação dos poetas para as gerações mais recentes.