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Veteranos

Reedições de clássicos e tendências do momento podem eclipsar a discussão sobre escritores veteranos que continuam produzindo, mas não têm mais tanta atenção. Isso não acontece no Cândido. O jornal faz questão de sempre lembrar e homenagear os grandes autores vivos da literatura brasileira — seja publicando textos inéditos, pautando reportagens especiais ou mesmo trazendo para Curitiba, em eventos como Um Escritor na Biblioteca


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   Leo Gibran

“O cinema de qualidade usa poucas palavras. Precisa dizer com imagens e personagens cujas ações (muitas) e falas (poucas) desenvolvam as tramas do roteiro em locações vinculadas ao tema que se quer desenvolver e narrar. Rubem Fonseca faz isso logo na abertura de suas narrativas. Ele agarra o leitor com cenas avassaladoras. A troca rápida de cenários, os cortes, as elipses, os personagens devidamente tipificados, os heróis problemáticos, os vilões mais repugnantes e as mulheres mais encantadoras, todos estes recursos do cinema estão na literatura que ele faz.”

Deonisio Silva na entrevista “Fonseca e Trevisan Estão Consolidados no Cânone Literário” (edição 47, junho de 2015)
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 Kraw Penas

“Mergulhar nas águas fundas da fantasia mais pura — e, por isso, radical e arrebatadora — é uma das experiências que os livros de Marina Colasanti proporcionam. Através de seus textos, talvez os adultos esqueçam que não acreditam em fadas. E, esquecidos da descrença, talvez revivam o encantamento da infância. E se lembrem de que princesas, alaúdes e unicórnios povoavam as esquinas de sonhos e pesadelos.” 

Marisa Lajolo no ensaio “As Muitas Marinas de Marina Colasanti” (edição 77, dezembro de 2017)


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              Samuel Casal

“Ignácio de Loyola Brandão é um viajante lutador. Viaja não só pelas páginas de sua literatura, mas também pelos quatro cantos do Brasil, despertando mentes adormecidas, oferecendo questões incômodas, estimulando a rebeldia e a independência intelectual. É um dos nossos escritores mais combativos, ligado profundamente ao mundo e às suas coisas, sem trair a qualidade de sua escrita. Um exemplo para todos nós”. 

José Castello na reportagem “As Folhas Caídas de Ignácio de Loyola Brandão” (edição 87, outubro de 2018)
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   Daniel Ramalho

“Nos contos de Sérgio Sant’Anna, o seu próprio espaço raciocinado de composição se entende como parte de um continuum de vida — não apenas da vida prosaica ou baixa, mas da vida menor do que qualquer valor: trata-se de vida orgânica, mínima, simples, a respirar não um projeto, não um propósito, mas o seu imperativo orgânico de adaptação à sobrevivência e ao vazio que se condensa progressivamente nela.”

Alcir Pécora no ensaio “Uma Análise da Respiração dos Organismos Mínimos” (edição 84, julho de 2018)
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 Kraw Penas
“Os textos de Silviano Santiago — não importa a inflexão predominante que cada um possa ter — insistem na configuração de uma escrita em que as culturas se reconhecem por meio de suas projeções de alteridade, já atravessadas pelos efeitos de globalização. Nesses termos, instauram formas singulares de interlocução que, por sua vez, impulsionam a construção de novas ficções teóricas.” 
Wander Melo Miranda no ensaio “Nas Fronteiras da Invenção” (edição 64, novembro de 2016)