Prêmio Paraná

BPP lança Prêmio Paraná de Literatura 2013

Já estão abertas as inscrições para segunda edição do concurso, que vai selecionar livros inéditos de autores de todo o Brasil nas categorias Romance, Conto e Poesia

Da redação

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A Biblioteca Pública do Paraná lançou no dia 25 de abril o Prêmio Paraná de Literatura 2013. Como na primeira edição, realizada no ano passado, o concurso da Secretaria da Cultura do Paraná vai selecionar livros inéditos em três categorias que homenageiam escritores importantes da literatura paranaense: Romance (prêmio Manoel Carlos Karam), Contos (prêmio Newton Sampaio) e Poesia (prêmio Helena Kolody). Em 2012, quase 900 obras foram inscritas por autores de todo o Brasil.

O vencedor de cada categoria receberá R$ 40 mil e terá sua obra publicada pela BPP, com tiragem de mil exemplares. Os premiados também receberão 100 cópias de seus livros e poderão, mais tarde, reeditar os trabalhos por outras editoras. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 30 de julho (o edital com as regras e instruções está disponível no site bpp.pr.gov.br). O resultado será divulgado na primeira quinzena de dezembro.

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Em 2012, os vencedores foram Alexandre Vidal Porto (Sergio Y vai à América, romance), José Roberto Torero (Papis et circensis, contos) e Lila Maia (As Maçãs de antes, poesia). Os três livros foram lançados e distribuídos pelo selo Biblioteca Paraná, que também edita autores paranaenses e resgata títulos relevantes que estejam esgotados ou fora de catálogo. Vidal Porto e Torero já confirmaram a reedição de suas obras pelas editoras Companhia da Letras e Alfaguara, respectivamente, enquanto Lila Maia promete para breve uma segunda impressão de seu trabalho.

“A publicação dos livros ganhadores também por grandes editoras mostra a força do Prêmio Paraná de Literatura e a seriedade com que os jurados trabalharam na escolha dos vencedores”, afirma Rogério Pereira, diretor da BPP e presidente do júri — que em 2012 contou com nomes como José Castello, Luiz Ruffato, Marçal Aquino e Heloisa Buarque de Hollanda, entre outros. “A comissão julgadora é um dos pilares do Prêmio. Teremos um cuidado muito especial na escolha dos nove integrantes do novo júri”, completa Pereira.

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Para o diretor da BPP, a preocupação central da organização do Prêmio Paraná é fortalecê-lo como um dos principais concursos literários do país. Para isso, foram mantidas a premiação em dinheiro apenas para os três primeiros colocados de cada categoria e a exigência de total ineditismo dos livros inscritos. “Os ganhadores com certeza serão reconhecidos como autores de qualidade, pois a disputa será sempre acirrada, levando em consideração o valor expressivo a ser pago. Além disso, um prêmio como este precisa surpreender o meio literário, despertar a curiosidade sobre a obra ganhadora. Daí a opção por trabalhos 100% inéditos”, explica.

“Quem ganha é o texto”
Vencedor na categoria Romance em 2012, Alexandre Vidal Porto diz que a premiação significou um impulso em sua carreira como escritor e o apresentou a outros públicos. “Como Sergio Y vai à América foi distribuído em bibliotecas e escolas, tenho recebido várias mensagens de leitores comentando alguns aspectos da história.”

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Praticamente desconhecida antes do concurso, Lila Maia conta que As maçãs de antes já recebeu críticas positivas de autores famosos como Affonso Romano de Sant’Anna, Marcelino Freire e Suzana Vargas. “O Prêmio Paraná tem essa característica muito importante de abrir portas para escritores que estão fora do circuito literário”, afirma.

José Roberto Torero, vencedor do Jabuti em 1995 por O Chalaça, destaca o fato de que a comissão julgadora do Prêmio Paraná avalia as obras inscritas sem saber quem são os participantes. “É muito melhor assim. Em outros prêmios, o nome do autor, da editora, os amigos e inimigos do autor e a cobertura da imprensa podem acabar influindo, para o bem ou para o mal. Aqui, não. Aqui quem ganha é o texto. E só ele é que importa.”