Especial Capa: Viagens ao coração da América
Da redação
Surgido no vácuo de um período de crise do romance americano, o “new journalism” revelou escritores que, nos anos 1960, revolucionaram as letras americanas com livros que tinham como matéria-prima as muitas mudanças culturais que estavam em curso no país à época. Nomes como Truman Capote, Tom Wolfe, Jimmy Breslin, Hunter Thompson e Michael Herr desprezaram os preceitos fundamentais do jornalismo moderno (o famoso lide, com suas perguntas “o quê”, “quem”, “quando”, “como” e “onde”) para produzir matérias que em nada se diferenciavam de peças literárias. O lide e sublide, para esses escritores, não davam conta de mostrar tudo aquilo que se passava nos Estados Unidos: a Guerra do Vietnã, o rock' n' roll, as drogas, os hippies, a ascensão e queda de Kennedy, etc. Assim, nasceram obras-primas como Fama e anonimato, de Gay Talese, A sangue frio, de Truman Capote e Medo e delírio em Las Vegas, do criador do jornalismo Gonzo, Hunter S. Thompson, e Despachos do front, de Michael Herr. Valendo-se de elementos da narrativa de ficção para narrar fatos jornalísticos, esses escritores tiveram na imprensa americana, principalmente em revistas como The New Yorker, Rolling Stone e Esquire, a plataforma ideal para a literatura que praticavam. Grande parte dos livros dos “novos jornalistas” foram originalmente publicados de forma seriada nos magazines americanos, para só depois ganhar o formato livro. Ainda que o termo “novo jornalismo” seja altamente contestável, já que para muitos críticos o novo estilo não era novo e também não poderia ser considerado jornalismo, mas sim literatura, não resta dúvida que os anos 1960 foram um período extremamente fértil das letras americanas.
Surgido no vácuo de um período de crise do romance americano, o “new journalism” revelou escritores que, nos anos 1960, revolucionaram as letras americanas com livros que tinham como matéria-prima as muitas mudanças culturais que estavam em curso no país à época. Nomes como Truman Capote, Tom Wolfe, Jimmy Breslin, Hunter Thompson e Michael Herr desprezaram os preceitos fundamentais do jornalismo moderno (o famoso lide, com suas perguntas “o quê”, “quem”, “quando”, “como” e “onde”) para produzir matérias que em nada se diferenciavam de peças literárias. O lide e sublide, para esses escritores, não davam conta de mostrar tudo aquilo que se passava nos Estados Unidos: a Guerra do Vietnã, o rock' n' roll, as drogas, os hippies, a ascensão e queda de Kennedy, etc. Assim, nasceram obras-primas como Fama e anonimato, de Gay Talese, A sangue frio, de Truman Capote e Medo e delírio em Las Vegas, do criador do jornalismo Gonzo, Hunter S. Thompson, e Despachos do front, de Michael Herr. Valendo-se de elementos da narrativa de ficção para narrar fatos jornalísticos, esses escritores tiveram na imprensa americana, principalmente em revistas como The New Yorker, Rolling Stone e Esquire, a plataforma ideal para a literatura que praticavam. Grande parte dos livros dos “novos jornalistas” foram originalmente publicados de forma seriada nos magazines americanos, para só depois ganhar o formato livro. Ainda que o termo “novo jornalismo” seja altamente contestável, já que para muitos críticos o novo estilo não era novo e também não poderia ser considerado jornalismo, mas sim literatura, não resta dúvida que os anos 1960 foram um período extremamente fértil das letras americanas.