Biblioteca Afetiva

heitor

Um dos livros que mais gostei de ler foi O estrangeiro, do Albert Camus. Não me lembro muito bem da história — sei que um argelino que não chora mata um árabe meio que sem querer por causa do sol. Recordar esse absurdo rende bons momentos de distração quando não se tem muita coisa para fazer. Mas, enfim, acho que todo mundo acaba se acostumando com seu livro preferido.

Heitor Humberto é jornalista, vocalista, violinista e guitarrista da Banda Gentileza. Também é um dos integrantes do Conjunto Seleções. Vive em Curitiba (PR).

Joca

Apesar de ser um leitor regular de ficção desde criança, durante alguns anos da juventude eu só lia biografias, ensaios e poesia. O responsável por me devolver ao antigo hábito foi um professor da faculdade de Desenho Industrial, José Luiz Valero Figueiredo, que me apresentou O Mez da Grippe. Ciente de meu interesse simultâneo por desenhar e escrever, o Zéluiz (que era um poeta visual muito interessante) intuiu que eu me interessaria pelo Valêncio Xavier. E acertou. Os dois já faleceram. Sinto saudades de ambos.

Joca Reiners Terron é escritor e editor, autor, entre outros, de Do fundo do poço se vê a lua (Companhia das Letras, 2010). Seu mais recente livro, Guia de Ruas Sem Saída, será lançado em março pela editora Edith. Vive em São Paulo (SP).

Galindo

Claro que tenho meus favoritos na ficção: Cândido, Moby Dick, Memórias póstumas de Brás Cubas... Mas o livro que mudou mesmo a minha vida recentemente foi algo bem diferente. John Rawls, um professor de Harvard, passou a vida tentando responder como deveria ser uma sociedade justa. Sua resposta mais famosa está num livro chamado Uma teoria da justiça. O que ele propõe é tão intrigante que me fez voltar à escola só para pensar mais sobre o assunto.

Rogério Galindo é jornalista. É repórter e colunista da Gazeta do Povo desde 2000. Vive em Curitiba (PR)



Fernanda

“Tudo o que não se disse é que era importante” Uma tempestade de pensamentos emocionais não ditos, enjaulados no campo das ideias do casal de personagens, e que fariam toda uma diferença se revelados numa determinada situação. Quem já não se encontrou em uma situação semelhante vivida pelos personagens de Um erro emocional, de Cristovão Tezza? Um diálogo silencioso, mas nem por isso menos tenso, o que torna a narrativa empolgante do começo ao fim.

Fernanda Rodrigues é técnica-administrativa da Divisão de Difusão Cultural da BPP.